O melô do sopāo

16 jun • NotasNenhum comentário em O melô do sopāo

 Estamos hoje como um sopão em plena fervura, ora sobe o repolho, ora emerge o milho e, em sequência, outros ingredientes. O último a subir para a superfície é a dúvida sobre a real eficácia da chinesa Coronavac. Burburinhos do meio médico audíveis para quem com eles tem certa intimidade já procuravam ouvidos atentos há pelo menos um mês.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3141&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=cdc_sustentabilidade&utm_content=centro_600x90px

Cada vacina atua de forma diferente, é uma das ressalvas. Mas Uruguai e Chile, que a usaram de forma ampla e célere botaram uma mosca no yakisoba do Grande Tio da Ásia. É, mas nunca foi dito que a imunização impediria o acesso  do vírus às células, dizem outros. Vão é reduzir o número de internações e mortes, isso sim. De fato, aconteceu nos dois países mencionados e está acontecendo de forma geral.

A volta

A grosso modo, dá para deduzir que a Covid atuará à semelhança de uma gripe forte, embora não seja uma, menos para quem tem as famosas comorbidades. É, pode ser por aí.

Breve aqui

Posso estar enganado, mas tenho por mim que o assunto eficácia das vacinas vai para as manchetes e não vai demorar muito. Por enquanto, há uma certa pudicícia em promover o tema das páginas internas para as capas.

A voz das motos

Enquanto isso, a CPI da vacina funciona apenas como tinta para a impressão dos grandes jornais que querem ver Bolsonaro abaixo dos sete palmos. Eles e algumas emissoras de TV. O Capitão participou de uma “motociata” com milhares  de motos, em avaliação conservadora. Nada de 1,3 ou 2 milhões calculados pelos militantes bolsonaristas. Mas, mesmo assim, um número impressionante. Não se briga com a notícia.

Espelho, espelho meu

As pesquisas que medem a popularidade do governo são como todas as pessoas das quais se diz que têm outra por dentro. Para cada avaliação ou pormenor vem um “porém” subsequente.

Novidade no front

O que tem de realmente novo é uma declaração do presidente do Banco Morgan Stanley, James Gorman, em uma frase ele instaura a cizânia: se você pode ir para um restaurante, pode trabalhar de forma presencial. Olha, o cara acertou na veia, ou pelo menos fez a gente coçar a cabeça.

Tem que dar um desconto, porque, nos Estados Unidos, a pandemia entrou em férias e grande parte da população está vacinada ou em vias de. Mas tem lógica indiscutível.

Já no Brasil…

…as empresas sentiram o gostinho do trabalhar em casa e gostaram demais da ideia. Reduz custos. Para os assalariados, o furo é mais embaixo. Bom para uns, ruim para outros. Mas não há como mensurar quem é de um e quem é do outro.

Prisão ou paraíso

Trabalhar de casa significa menos rua e suas tentações de ar livre no amplo sentido. Ficar em casa pode ser um saco. Mais dia menos dia, o exército dos caseiros dirá “cansei!” de forma crescente.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »