Servir sem servir-se

16 jun • ArtigosNenhum comentário em Servir sem servir-se

 * Por Paulo Vellinho

Ao contrário do que praticam muitos de nossos falsos homens públicos fantasiados de patriotas e achando-se capazes de julgar os outros sem olhar para o próprio umbigo putrefato tem coragem de fazerem-se cegos, surdos e mudos para assim proceder. Esses profissionais sejam qual for à profissão que escolheram, para exercer sua atividade que pressupõe algumas condições: fixa limpa, juramento para exercer seu trabalho com seriedade, honestidade e, acima de tudo juraram ao assumir seu compromisso, renunciar a atividades pessoais, passando a dedicar-se a causa que abraçaram.

Não é por outra razão que os países vencedores exigem preparação de seus servidores para exercer a função que elegeram para escrever sua história. Servir sem servir-se, tem que significar fidelidade total ao juramento que fizeram.

Nos países Europeus, particularmente na França, é feito uma seleção de pessoas que tem o perfil adequado para cumprir os respectivos quesitos. Denomina-se Escola Nacional de Administração que se ocupa em percorrer e acompanhar o cumprimento dos currículos de estudantes que demonstrem condições e aptidões para no futuro ocupar cargos na vida pública, nas condições exigidas.

A seleção é feita, dividindo os candidatos em dois grupos, um deles com o perfil administrativo e outro grupo que demonstre aptidão para ocupar cargos de liderança, sensibilidade política e capacidade de gestão.

Repito: outra precondição é de renunciar a qualquer compromisso remunerado que não seja aquele vinculado ao exercício de servir a nação. Por óbvio, a profissão de lobista do mal passa a ser proibitiva, devendo por às “barbas de molho” de pessoas seduzíveis pela corrupção e pelos corruptos.

Vejam a nobreza e o compromisso que os países vencedores impõem aos seus dirigentes, preservando-os e até punindo aqueles incapazes de renunciar a outros interesses que não sejam a nação.

Infelizmente, essas condições não guardam espaços para profissionais que buscam de qualquer forma uma oportunidade de conseguir, não um trabalho sério e nem apenas um serviço de “toma lá da cá” é a figura do parasita que busca apenas um “cabide” para se pendurar e lá se perpetuar, contando tempo para atingir uma régia aposentadoria precoce, acumulando, como fazem normalmente, com outras aposentadorias e, principalmente, com a máscara de “direito adquirido”, torna-se não só ilegal imoral e desonesta.

Tal atitude é proibida nos países civilizados e sérios.

Transpondo essas regras para o nosso País, certamente não haverá espaço para os “amigos do rei”, que mesmo não detendo nenhuma característica para servir sem servir-se; pois eles existem abundantemente em toda atividade pública, que não exige concurso público.

Um exemplo do desrespeito a este quesito é a nossa “corte”, o Supremo Tribunal Federal que reúne sob o comando de onze profissionais sem condições para serem magistrados que se arvoraram, sem credenciais para tal ao direito arbitrário de legislar, investigar e punir e afrontando a lei.

O Documentário, apresentado no Canal Brasil Paralelo, revela com toda realidade quem são os onze “sábios juristas , sem qualificação para o cargo, exceto dois legítimos juízes.

A desfaçatez mostrada, nas suas decisões, que se contradizem ao longo dos sucessivos julgamentos, bem demonstram como estão distantes da legítima função de juiz e o desrespeito que dedicam a Lei e a Ordem.

Pergunto: Onde está a Constituição sob a qual juraram cumprir?

Ontem a noite a televisão mostrou através de um documentário que o simples ato de atravessar a BR 116, são mostrados os “os lixões da vergonha” e, isto sim, o genocídio sobre o qual tanto falam os homens públicos, deputados e senadores que integram as Comissões de Inquérito, aos quais faltam olhos e coração para olhar e constranger-se com a situação, não só do Brasil presente, mas daqueles que já são o Brasil futuro: as crianças.

Aos hipócritas homem públicos sem entranhas, pois se as  houvesse os lixões putridos e as crianças bichadas não existiriam.

Elas sim, as crianças, nos fazem chorar duas vezes, ao ver sua realidade e de outro lado à indiferença de como são olhadas por aqueles que se propõe a zelar pela saúde e educação r futuro do nosso povo.

ATENÇÃO: As opiniões publicadas em artigos não necessariamente são as do editor deste blog. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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