O futuro sem futuro

11 set • NotasNenhum comentário em O futuro sem futuro

Entre 2012 e 2022 o percentual de idosos passou de 7,72% para 10,49% da população brasileira. O que, em termos absolutos, significa aumento de 15,2 milhões para 22,4 milhões.

Acompanhando este movimento, a composição etária da pobreza no Brasil vem se modificando. Se, em 2012, 2,9% da população em situação de pobreza era composta por idosos, em 2022 esse percentual sobe para 4,2%. Em termos absolutos, é um aumento de 2 milhões para 2,8 milhões de idosos vivendo abaixo da linha de pobreza.

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No que se refere à população extremamente pobre, o percentual de idosos subiu de 1,4% para 3,1%. O que representa um aumento absoluto de 216 mil idosos em situação de extrema pobreza em uma década.

As informações constam no relatório Incidência de Pobreza entre os Idosos: 2012-2022, produzido por pesquisadores do PUCRS Data Social: Laboratório de desigualdades, pobreza e mercado de trabalho (pucrs.br/datasocial).

Meu querido diário

Se eu fosse escrever um diário, no primeiro parágrafo, eu colocaria que este mundo e meu país decididamente não são monótonos. Como diriam as mulheres da corte dos Luízes, aí meus sais! Preciso deles para me reanimar, começando com uma boa boa fungada de amoníaco.

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E, não, nunca cheirei aquilo que vocês estão pensando. Então, meu querido diário, tire suas próprias conclusões.

Veja as imagens da cúpula do G20 na Índia. Um conjunto de laranjas e bananas que nunca poderão ser somadas.

Vejo o presidente Joe Biden com um sorriso plastificado seguro por dois gambitos trêmulos. Deu a ideia de que ele pensa que foi a uma reunião de condomínio em Nova Iorque com uma miscelânea de imigrantes asiáticos, espanhóis, africanos, afegãos e iraquianos.

Nos telejornais europeus e americanos de sábado, o nosso perclaro presidente só apareceu como figurante. Ele e dona Janja, o casal 20 de explicações da ausência de sobrevoo na catástrofe gaúcha.

Ele discursou citando o drama  para reparar a mancada, como se os membros do clube soubessem onde ficamos. A culpa é dos países ricos, falou. Sempre são os outros.

O ouro vai para a primeira-dama, que postou no Twitter que dançaria na Índia. O “delete” mais rápido do oeste o apagou. Mas aí Inês já era morta.

Para tentar remendar, postou que não se deve confundir alegria com empatia (com os flagelados, suponho). Tanto quanto o primeiro-marido, ela deveria saber que explicação se dá para Delegado de Polícia ou porteiro de boate.

Meu querido diário, estou com a estranha sensação que o doutor Honório Causa calçou os sapatos de salto alto, talvez os de dona Janja. Por sua vez vez, a natureza não deu a ela  lhe o dom do simancol.

Mas não há de ser nada. Eles têm mais de três anos para aprender.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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