O duelo da Madame Satã
João Francisco dos Santos, mais conhecido por Madame Satã, foi um transformista carioca nos anos 1940 e 50 no Rio de Janeiro. Plenamente assumido, não levava desaforo para casa e era bom de briga barbaridade.
O que o tornou um símbolo da malandragem carioca autêntica foi um duelo com um desafeto embaixo dos Arcos da Lapa. O cara morreu bem morrido com uma bala no coração.
A cada entrevista que dava, inevitavelmente a primeira pergunta era como tinha matado o desafeto. Ele cortava e a pergunta.
– Peraí. Eu não matei, só fiz o furo. Quem matou foi Deus.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
