Novos rumos na Ipiranga

15 ago • NotasNenhum comentário em Novos rumos na Ipiranga

A reformulação societária anunciada pela RBS há cerca de um mês seguiu-se à informação oficial que a empresa terá um conselho editorial já a partir de amanhã.  O publisher Nelson Sirotsky será, de fato, o comandante das palavras, letras e imagens do grupo.

https://promo.banrisul.com.br/bdg/link/agro.html?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=plano_safra_2022&utm_content=escala_600x90px

O conselho não será figurativo, eis que é composto por pessoas como William Ling (Évora, plásticos em geral) , José Galló (Lojas Renner) e Anik Suzuki (ANK) entre outros de fora e de dentro.

Na tradução

Isso é o oficial. Na prática, o aporte de capital de investidores peso-pesados dá  poderes totais a Nelson, que deve ou já comprou a maior parte dos irmãos e sobrinhos. O mais interessante é o que virá a partir de agora.

https://cnabrasil.org.br/senar

Ninguém vira publisher para não mudar nada e, no caso da ZH, é preciso. Alinhado com outros jornais, os leitores acham que hoje o jornal é de esquerda no sentido de querer fazer picadinho de Bolsonaro. Os ataques incluem certa má vontade com as boas ações do governo.

Delenda Bolsonaro

Destrua-se Bolsonaro, em latim, parodiando os romanos. Automaticamente,  como não apostou claramente em outro candidato de centro, é de esquerda ou assim o é pelo menos até agora. E isso lhe custou um bocado de assinantes e leitores. Boa parte migrou para o Jornal do Comércio de Porto Alegre, o único jornal que está contratando.

A Esfinge

Esse importante passo futuro remete à mitológica Esfinge. Quem passasse na sua frente era recebido com uma frase que cabe como uma luva para a ZH: decifra-me ou te devoro.

Parágrafo único

Evidentemente que os negócios da RBS não se resumem à informação, mas é a porta de entrada para um futuro risonho e franco.

O fim do impresso

É palpite, não informação. A Zero Hora seguirá com a versão impressa enquanto o custo for coberto pelas  assinaturas e venda avulsa.

Futuro do imperfeito

Ganhe quem ganhar, os problemas da Zero Hora por sua opção vão se intensificar. Isso porque o Brasil seguirá dividido, e fortes emoções nos aguardam. Qual opção editorial tomarão O Globo, Estadão e Folha de S.Paulo é outra boa pergunta.

Calúnia verdadeira

Nos anos 1970, tínhamos uma frase que precisa ser entendida no contexto: a função do jornal é alarmar o povo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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