O dia de hoje como o de ontem

18 out • Sem categoriaNenhum comentário em O dia de hoje como o de ontem

A essa altura, candidatos e um número expressivo de eleitores estão com o popular saco cheio. Os primeiros não aguentam mais debates, e os segundos querem que tudo termine de uma vez.

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Talvez por isso Lula tenha usado só metade do tempo final no debate da Bandeirantes, um presentinho para Bolsonaro deitar e rolar.

Tempo para fugir

Antes de entrar no que vai acontecer caso vença Lula ou Bolsonaro, ou os que serão eleitos para o Governo dos estados, diga-se que a expressão que dá título a esta nota serve como moldura para uma realidade: as mudanças na nosso dia a dia serão sutis. Os impostos não diminuirão, o salário vai continuar curto, assim como o aluguel e os juros não vão cair.

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Será mais do mesmo enquanto os caras lá de cima vão brigar para aprovar ou desaprovar esse ou aquele diploma legal. As patranhas e acordos políticos por baixo do pano vão prosseguir e as melancias podem-se ajustar na carroceria do caminhão ou vão saltitar. Mas, no fundo, serão sempre as mesmas melancias.

Falha no motor

Pela primeira vez, observo que eleitores de Lula com quem converso acham que seu ídolo foi mal em um debate. Caso do realizado pela Band. O que deu em Lula é pergunta errada. O que está dando em Lula é a certa.

Ele já vinha com motor falhando há mais tempo e, às vezes, dá uma de Dilma quando a polia escapa. Cansaço, sim, mas não só. Como um motor de seis cilindros que às vezes funciona só com quatro ou cinco. Dá para ouvir de longe os metais se estranhando..

Crise de informação

A pobreza das redações mais a escolha por Lula entre TV Globo e os chamados jornalões enche todo o espaço disponível, como já falei aqui. Um dos problemas decorrentes é a falta de cobertura dos acontecimentos e consequências no exterior.

A Europa está de joelhos, parte vai ter que usar fósforos para se aquecer durante o inverno que bate às portas. A zona do euro tem a maior inflação da sua história.

Vladimir Putin faz escala na Ucrânia o que pode deixar nossa retaguarda radioativa por milhares ou dezenas de milhares de anos. Os Estados Unidos não conseguem baixar a inflação. Juros lá em cima, consumo caído = recessão.

Você tem duas maneiras de encarar essa bronca global. Ou relaxa e goza ou não dorme de preocupação. Isso leva a uma outra realidade.

Desta vez os europeus e americanos não podem dizer que somos um país esculhambado. Pelo menos não na economia e na área financeira/monetária. Juros altos, claro.

A vidraça quebrada dos ricos

Seu Paulo Guedes ironizou o FMI e os bancos centrais do Hemisfério Norte. “Não estão trabalhando direito”, falou o doutor.

O Fundo é como palpiteiro de jogo de cartas. Quando a mão favorece esse ou aquele, vira profeta do passado. FMI e BC.

Não falam a língua do pé-sujo. É a turma dos punhos de renda querendo dar uma de boiadeiro no interior dos interiores.

Seria engraçado se não fosse trágico

Os americanos falarem mal da violência no Brasil. O cidadão médio usa cocaína e outras drogas até em reunião da diretoria de grandes corporações. Mesmo que não sejam dependentes químicos.

São os “recepcionistas”, como se diz. Ocorre que esse pessoal é quem sustenta o tráfico, que tem neles o mais rico e aberto mercado do mundo. E considerando o hedonismo americano, os EUA já estão há tempo na faixa do que não ter o que inventar em matéria de preenchimento do ócio.

Já os europeus são mais pé no chão. Sofreram o diabo ao longo da história. Duas guerras mundiais em menos de 50 anos. Foram soterrados pelo comunismo soviético.

Os países satélites da extinta e falida URSS querem viver a sua vida e lá veio o camarada Vladimir Putin brincando de guerra. Eles, os europeus, estão costumados com tempos difíceis.

Automóvel bêbado

Até na indústria automobilística se observa a diferença cultural. Os automóveis americanos sempre foram grandalhões e beberrões, enquanto os europeus eram pequenos, salvo as marcas de luxo. No período entre guerras usavam álcool de beterraba ou batata como combustível. Aliás, como no Brasil de 1930 no Rio de Janeiro, o que poucos sabem, só que o nosso era álcool de cana. 

O perigo do bife

A propósito das notas do blog de ontem, a doutora Fabíola faz um adendo importante sobre os germes nas carnes. “Os que ficam por fora do bife são mortos com o calor da cocção, assado, fritura etc. Mas alguns parasitas ficam, sim, no interior da carne (exemplo Toxoplasma) e esses precisam de mais temperatura ou maior tempo no fogo para destruição. 

“Do ponto de vista de saúde pública, nunca é recomendado consumir carne crua ou mal passada”, explica.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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