O aniversariante do mês
O Brasil completou 522 anos na sexta-feira. Com toda essa idade, ainda lhe falta juízo, embora esteja longe de estar senil. Outros países que foram descobertos depois do nosso estão melhores ou piores, dependendo do hemisfério.
O saldo devedor de Adão
Tenho convicção, e estou em boa companhia, que países do Hemisfério Norte se deram melhor do que os colegas do Sul porque a moral predominante é a Calvinista, luteranos e afins. Os do Sul foram impregnados pela moral católica, que prega um Deus vingativo que nos penaliza com o pecado original de Adão e Eva.
É como entrar num banco, pedir uma linha de crédito e ouvir do gerente que já estamos com saldo devedor antes mesmo de mexer na conta. Paga e não bufa. O SPC é o inferno.
Por isso que as chamadas seitas prosperam para valer. O Deus delas não é punitivo, quer que você ganhe dinheiro para ajudá-las e ser feliz com isso. O Deus católico torce o nariz para os ricos, condenados a priori, ao clima do fogueira lá de baixo. Vale também para a classe média.
O pobre só ganha promessas de vida eterna, mas só se não riscar fora da caixinha. Sempre resta o instituto da confissão, que absolve o mais cruel estuprador.
“É mais fácil um camelo passar debaixo de uma agulha que rico entrar no reino dos céus”, lembram? Mesmo que “agulha”, termo bíblico, possa ser um umbral bem estreito, como teólogos se apressaram a explicar.
A mais cruel das frases
O que remete à mais alucinante frase do Gênesis, a de que Deus fez o Homem à sua imagem e semelhança. E mais crível que seja o contrário, o que explicaria esse vale de lágrimas, tormentos, injustiças e crueldades. Ó vós que entrar, perdei toda esperança, certo doutor, Dante Alighieri?
Os nem-nem
O Brasil tem dois nem-nem, os que não trabalham nem estudam. E os que nem são Lula nem Bolsonaro.
Delas para elas
O predomínio das mulheres nas redações é de tal ordem que, na edição virtual da ZH de ontem, a chamada para o jogo do Grêmio foi “fique LIGADA”.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
