O caso dos dois mil reais
A festança transcorria bem, tudo conforme o planejado. Passadas horas e em chegando o momento de outra comemoração em outro ambiente mais reservado, aquele que dá emprego para camareiras, surgiu um impasse. O time dos folgados tinha um PIB pra mais de metro e as gentis senhoritas sabiam disso muito bem. Logo, cinco delas sobrevoavam quatro deles com forte desejo de aterrissar naqueles corpitchos. O problema era que um deles para pobre não servia, um profissional liberal muito bem sucedido, mas sem referências bancárias ostensivas. Então, aeroporto fechado.
Mas é nestas horas que aparecem os bons amigos. Um deles que sempre levava R$ 2 mil para emergências, levantou-se e, ostensivamente, colocou o dinheiro no bolso do pobretão da turma, que ficou surpreso com o gesto. O benfeitor então falou bem alto para toda plateia ouvir.
– Aqui estão aqueles dois mil que eu te devia.
O favorecido não entendia mais nada. Horas depois, muitas horas depois, estavam de volta ao hotel onde ficaram hospedados. O profissional liberal então perguntou ao autor do presente, o mais bacana, qual era a dele, que dois mil era, aqueles que nunca havia emprestado, coisa mais maluca. O amigo deu um sorriso.
– Era para as gurias pensarem ” bom, pelo menos dois mil ele tem”.
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