O caso da primeira-dama

28 dez • NotasNenhum comentário em O caso da primeira-dama

Sobre confundir alhos com bugalhos, aqui vai um causo envolvendo um antigo jornalista político gaúcho. Como não era muito íntimo com as teclas, evitava ao máximo escrever matérias, preferia ditá-las por telefone.   

Uma noite, o editor-chefe – o jornal era o Diário de Notícias de Porto Alegre – encheu as medidas.   

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw00hn_promocao.aspx?secao_id=3538&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=feirão_rec_credito&utm_content=escala_600x90px

– Ah não, hoje vais escrever a matéria! Pega um táxi e vem pra cá. 

Contrafeito, o bravo veterano obedeceu. A certa altura do texto, perguntou.

– Celito, diz uma coisa: hospício tem agá?     

– Claro que tem!   

No outro dia saiu assim.     

“Sob os hospícios da primeira-dama do Estado…”

https://cnabrasil.org.br/senar

Madurão e Cilitão  

O ditador venezuelano resolveu turbinar sua imagem junto ao povo. Ele e a mulher Cilia viraram bonecos de super-heróis, o Super Bogode e a Super  Cilita, sua mulher Cilia. Meu senhor Jesuscristinho, tende piedade dos venezuelanos.

Conosco ninguém podemos

Seria uma frase boa para Lula dizer depois e se o partido Podemos aceitar um ministério no seu governo. No Sul, o nome mais conhecido do partido é o Senador Lasier Martins. Que não se elegeu. Taí um belo prêmio de consolação. Se ele e o partido aceitarem, é claro.

Momento confusão

Contam que, certa vez, um jogador da dupla Grenal foi a uma imobiliária alugar um apartamento. Pediram caução. No dia seguinte ele voltou levando um calção.

Momento filé

Um dos melhores e mais honestos filés do Centro Histórico é o do Boteko Andradas, na Andradas defronte à Casa de Cultura Mario Quintana. É honesto em um negócio em que há muitos desonestos. E cabe no seu bolso, nada de extravagâncias monetárias tipo mais de R$ 100. Lá é menos da metade.

A ruptura

Conversando com jornalistas mais jovens, sempre fico surpreso como eles encaram certos fatos atuais que seriam anormais em décadas passadas, e vice-versa. Tenho refletido sobre essa divisão temporal abrupta e concluí que aquilo que antigamente se chamava fosso entre gerações hoje virou precipício.

Um dos grandes pecados do jornalismo (e de alguns  historiadores) é tentar entender o passado com os olhos de presente. Isso  é fatal para entendê-lo. Então estamos contando a história como ela não é. Mesmo porque até repórter emite opinião – antes mesmo de sair da redação à cata do que ele pensa que sabe.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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