A pioneira Farrapos
A prefeitura de Porto Alegre vai restaurar a avenida Farrapos, aberta do dia para a noite no final dos anos 1940 início de 1950. Toda em placas de cimento, resistiu sem nenhuma rachadura até meados de 1970, quando o progresso e o corredor de ônibus pediram licença para devastar o leito.
A Avenida era avançadíssima para a época. Basta dizer que já, naquele tempo, havia a onda verde. Se você entrasse ou saísse dela a 60 Km/h com sinal verde a atravessaria sem nenhum sinal vermelho pela frente.
Nos anos 1960 em diante, a Farrapos abrigou um Distrito Erótico de ponta. Foi lá que começou a Gruta Azul, de Maria Croaré Amarante. Com a deterioração da via, chegaram os inferninhos. O comércio preponderante era de autopeças.
Causa mortis
Quem a matou foi a mesma causa do fim dos bares-chopes da década áurea dos anos 1960 até meados de 70: a falta de estacionamento. Para trazê-la de volta à vida, precisam dele, que não existe até hoje. E com o negócio garagens de mal a pior, vai ser difícil.
Alô, doçura branca
A Nestlé está programando uma série de ações e parcerias para festejar os 100 anos do Leite Moça no Brasil. Campeã de popularidade, é indispensável na despensa.
Quase todo mundo já comeu doce ou doce de leite com o produto da Nestlé em banho-maria, nos tempos de estudante. As mães faziam esse processo….
…ou marrom
No internato do Colégio São Jacó, bairro Hamburgo Velho de Novo Hambutgo, 1959, uma lata valia ouro. Para sorver o precioso creme, abríamos apenas dois pequenos orifícios na tampa. Se fosse em forma de doce de leite, aquela maravilhosa cor marrom, não tinha jeito.
Deixasse por perto, desaparecia. O jeito era deixá-la trancada na gaveta da mesa/escrivaninha onde se fazia a lição. Tive grandes brigas com ladrõezinhos de leite condensado.
Postado no Face há oito anos
Em matéria de universo homossexual o Rio Grande é pioneiro em vários aspectos, a começar pela legislação homoafetiva. Curiosamente, não existe nenhum programa gay nem nas grandes nem nas pequenas emissoras de rádio e TV e nem mesmo no Canal 20 da NET, embora sejam os primeiros a defendê-los com unhas e dentes.
Quando é que teremos aqui um programa à Ru Paul? A Globo ou a RBS não encaram essa?
Tudo como dantes no quartel dos Abrantes.
Da série versos imortais
Parte da letra do tango Seigno XX Cambalache
Si arrastré por este mundo
La verguenza de haver sido
Y el dolor de ya no ser…”
Adeus às ilusões
Sentar em uma mesa no centro da sala ou jantar na cozinha por volta das 20 horas, compondo uma narrativa coletiva de um determinado dia da semana, a partir de quatro ou cinco vozes distintas, representadas pelo pai de família, a supermãe e os filhos estudantes, em breve irá se tornar uma peça de museu da sociedade moderna. A classe média está acabando?
A pergunta é do professor Doutor Victor Missiato, do Colégio Presbiteriano Mackenzie de Brasília. Ele analisa a tese com base na diminuição de nascimentos – 14% no Brasil em 2020 – e das diversas circunstâncias da vida moderna sob os holofotes da pandemia. Baby boom, como aconteceu depois da II Guerra Mundial, nunca mais. E sem ele não há milagre econômico.
Duas faces da moeda
Por isso que países de baixa taxa de nascimento, como a Itália, e Japão não podem mais sonhar com milagre econômico. E por que os EUA tem baixa natalidade e a economia cresce bem crescida? Por causa dos imigrantes. No futuro, os brancos dos Estados Unidos estarão em extinção.
Lembram do final do filme Marte Ataca? O hino dos EUA é executado por uma orquestra de mariachis. Pois é…
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
