Não faça guerra, faça comida

12 jan • NotasNenhum comentário em Não faça guerra, faça comida

Hoje é sexta, e os amáveis leitores devem estar até porrr aqui de guerras, conflitos e lutas fratricidas como eu. Então é o dia para amenidades, embora nem todas sejam 100% amenas.

Houve tempo em que uma roda de jornalistas firmou um pacto de não falar de serviço nas noites de sexta-feira. E olha que, naqueles tempos, não eram tantas guerras assim, até porque a comunicação era falha. E, na maioria das vezes, as notícias nem chegavam até as redações.

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Mesma coisa com catástrofes naturais, vulcões explodindo e coisa e tal. Tsunami era algo muito vago, nem se usava a expressão que nem é portuguesa.

Ocorre que o homem é um bicho triste, como dizia a sabedoria popular. Por mais que tentássemos, em algum tempo depois falávamos de serviço, com direito a comentar a beleza das (poucas) mulheres na redação. Então pelo menos vamos falar de comes & bebes nestes tempos tão conturbados.

Comidas que enganam

O galeto ao primo canto é um monte de ossinhos com alguma carne pendurada neles. Mas as pessoas adoram comer nada de proteína com massa e polenta.

https://cnabrasil.org.br/senar

Por isso, os Árabes são felizes, cada integrante da família ganha um frango inteiro. Por isso, que as exportações de frango para os árabes são tão volumosas.

O sanduíche aberto de calamidades

Outra enganação gastronômica é o sanduíche aberto modelo século XXI. Alguns poucos bar-chopes ainda capricham no conteúdo, com salientes fatias de presunto ou salame, queijo de verdade e não de lecitina de soja, poucos picles como coroa e molho de carne em pão especial. O que se vê são pedaços de pão insosso com finas fatias de queijo de terceira e eventualmente uma mini fatia de presunto.

Em cima, sim, enchem de tomate, cenoura em conserva (?) e outros corpos estranhos. Em resumo, sanduíche de pão e picles.

Momento emoção

Ainda existe quem acredite que jornalista que, por conta de compromissos oficiais, vive comendo pratos sofisticados. Nada disso corresponde à verdade, a não ser para jornalistas dente-de-leite.

No meu caso, de tanto comer comidas já descritas como “preço de boate e qualidade de orfanato”, quero comidinha simples. Quer me ver feliz? Ofereça-me  ensopado de carne (de primeira e sem pelanca) com batata e milho. Se vier com arroz e um feijão hoje prometo desmaiar de emoção.

Da horta da Luzia

Expressão dos anos 1960 que significava algo como fundo do baú. Pois uma dessa horta era dizer “Intelectual não faz revolução, intelectual bebe”. E como bebiam!

O Brasil?

Algumas ilhas de excelência cercadas por mares de mediocridade.

Inadmissível

A  Federação das Indústrias do RS (FIERGS) condenou o ato de violência praticado, nesta quarta-feira (10), contra a empresa G. Paniz e seus empregados, cujas dependências, em Caxias do Sul, foram invadidas sob a condução do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos daquele município.  Será que voltaremos aos tempos do sindicalismo anárquico?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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