Não entraram no clima
É um ano eleitoral diferente. Afora a guerra das militâncias, o povão, o maior contingente de eleitores, ainda não entrou no espírito da coisa. Até a Copa do Mundo já empolgou mais. Verdade que brasileiro deixa tudo para a última hora, mas não lembro de ter visto tão última hora assim.
Os batedores de telefone
Há explicações para explicar o comportamento do eleitorado, concentração de cobertura e repercussão em dois candidatos é uma. Ocorre que a mídia também só se concentra nos mesmos dois. E com o detalhe que a grande imprensa e a maior rede de TV mais outras menores que ela tomaram partido.
A única publicação pró- liberalismo é a Revista Oeste.
Mamãe, eu cheguei lá
A ironia é que finalmente o sonho histórico da esquerda brasileira se materializou, ter a imprensa a seu favor. Caiu no colo sem o mínimo esforço.
A opção MST
Fico curioso como essa mesma mídia se comportará caso Lula vença a eleição. Adere à moda Geraldo Alckmin, de botar boné do MST na cabeça ou será oposição? Neste último caso jogarão a lógica no lixo. Se optaram por massacrar o outro candidato deveriam assinar ficha em partidos de esquerda. Aquele da estrelinha, mormente.
Geraldo Alckmin é médico de formação. Também é professor. E como já foi do PSDB, é o único tucano que voou do ninho para ser socialista.
Se for o caso, finalmente o vice Geraldo Alckmin poderá ter um pedaço de terra que não seja terra grudada no sapato.
O voo do boi
Havia e ainda há uma grande torcida para uma terceira via subir o Everest, mas nenhum dos alpinistas conseguiu subir algumas dezenas de metros do monte. Ocorre que ainda poderemos ter surpresas. Costumo dizer que nesta longa jornada de vida de jornalista já vi boi voar e passarinho mugir. Enfatizo o “pode”.
Do modo como as pesquisas são feitas, parte por telefone em número incerto e não sabido, sendo que um número também incerto e não sabido não quer papo e desliga o telefone na cara do pesquisador. Como os institutos classificam, se é que classificam estes batedores de telefone? Brancos? Nulos? Indecisos?
O pico da neblina
É neste rio que remamos sob forte neblina. Sem falar que o vencedor pode não terminar o mandato por razões jurídicas ou outras pertencentes ao reinado do imponderável.
Banco na mão
Ter um banco disponível ao alcance das mãos nunca foi algo tão concreto e rotineiro como nos dias de hoje. No atual cenário de transformação tecnológica, os sistemas financeiros criados nos últimos anos, com destaque para o Pix, criaram rapidamente novos hábitos e mudaram a realidade de todos, clientes e instituições financeiras.
Essa é a boa notícia. A má é que os larápios eletrônicos nunca faturaram tanto enganando pessoas que acreditam em humanidade e bondade
É essa facilidade para enganá-las. Por isso, o roubo e furto de celulares aumentou desde a entrada do Pix em campo. Lamento dizer, mas assim caminha a humanidade. Quando não está guerreando, elucubra uma forma de enganar os incautos.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
