Meus oito anos
Mais de 200 pessoas de vários municípios participaram, no último domingo (8), do 3º Encontro da Família Wiederkehr, realizado em Alto Feliz, celebrando a história dos imigrantes e seus descendentes, que deixaram legados de fé, trabalho, educação e cultura. São Pedro ajudou, e a chuva deu uma trégua.
Tenho boas lembranças desta família. Na minha infância, em São Vendelino, fui colega, no Grupo Escolar, de alguns dos organizadores do evento, com idades variando para pouco mais ou pouco menos.
Recordo mais do Ademir. Até hoje São Vendelino está permanentemente presente na minha vida.
Em alguns aspectos, de forma um pouco tristonha, por assim dizer. A então vila cresceu e, embora sem o inchaço de outras cidades, minhas referências mais sagradas mudaram. Tanto que relato em vê-la de novo.
O meu querido arroio Forromeco deve estar mudado para pior, pelo que me contam. Lavouras e potreiros agora são bairros, minhas referências visuais que guardo na retina em detalhes mínimos, como algumas árvores, meu capão de pitangueiras na curva do desvio de água da represa artesanal que levava água para o moinho, a casa onde nasci, a cerejeira carregada no potreiro, os natos na encosta. E, sobretudo, os amigos e amigas que já se foram, incluindo colegas do grupo escolar.
Recordar é viver, diz o provérbio. Mas recordar também é sofrer.
« A branca Inglaterra não é tão branca Anormal, mas normal »