Meu Pequeno Paraíso
Sou eu em São Vendelino RS, minha terra natal, por volta de1948, com cerca de 7 anos. Estava usando bengala sob medida feita pelo marceneiro Agustín.
Havia quebrado a perna na prensa de alfafa do armazém do meu pai Franz Joseph, que viera da Alemanha em 1920.
Com que orgulho eu a usava. Hoje, essa cena bucólica está irreconhecível, tomado pelo casario dos descendentes de almães.
Eis que o Pequeno Paraíso cresceu muito. Mas ainda é pequena, graças ao bom Deus das Cidades Pequenas.
Quando uma cidade passa de pequena para grande, a primeira coisa que os prefeitos botam é quebra-molas. É o divisor de águas, a fronteira final. Consolo aos prefeitos do interior: fiquem pequenos.