Em se caprichando, dá

8 ago • NotasNenhum comentário em Em se caprichando, dá

Em uma terra com capricho se esvanecendo é um prazer enorme achar uma casa que cuida dos detalhes como o Armazém Box 18, na rua João Manoel, 141, Porto Alegre. Servem um brunch maravilhoso com digital uruguaia. Supimpa.

Foto: Christian Freire Albrecht

A quarta idade

Um empresário gaúcho visitou países do Reino Unido a bordo do transatlântico Silver Sea, especializado em pessoas idosas e um pouco além. Na costa da Escócia incharam as pernas, então ele procurou pelo médico do navio, contou.

Na realidade, não era apenas um médico (indiano), havia um hospital a bordo para tratar dos passageiros. Medicou o gaúcho e, papo vai, papo vem, soube que os transatlânticos dessa companhia se especializaram em idosos com dificuldades de locomoção, cadeirantes etc. São os famosos nichos de mercado, garimpados à exaustão.

O porém de sempre é que cidades europeias estão dizendo chega para a onda turística. E não se pode tirar a razão.

Por definição, turista é um predador. Boa ou a maior parte se comporta muito mal, jogando lixo no chão, grafitando monumentos históricos e estragando a natureza. Fomos feitos para estragar.

Um por meia dúzia

Leste certo. Seguinte: para combater o tráfico na Amazônia, que é ajudado pelos nativos, surgiu uma proposta para o governo investir na região e gerar empregos, para que tenham essa opção. Du-vi-de-ó.

Mesma coisa que os plantadores de fumo no fértil solo do município de Venâncio Aires (RS), que deveriam trocar fumo por outras culturas, eterna sugestão dos antitabagistas – nada contra eles, esclareço. As fumageiras cobrem perdas por doenças ou eventos climáticos, pagam muito bem, dão todo tipo de assistência pessoa jurídica e física, vão trocar por culturas cheias de risco com valor oscilante como biruta ao vento?

Por mais que eu abomine o tráfico, a gurizada que funciona como sentinela nas vilas das cidades não vai trocar um ganho diário, que paga mais por semana que um mês de salário mínimo ou mais. 

Saindo da toca

Dinheiro não é tatu para ficar enterrado, e quando sai todos perguntam de onde sai essa grana que se transforma em 21% a mais de carros 0 km,  visível a olho nu mas ruas. Pois esse tatu extra vem saindo da poupança.

Os brasileiros sacaram R$ 3,8 bilhões a mais que depositaram em julho.
E para os que não a tem, resta cantar como os Demônios da Garoa: nóis não semos tatu.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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