Lei das consequências não deliberadas
Desde o início da vacinação eu sentia que algo estava errado, mas não sabia bem o quê. Ao ler como a Indonésia programou a vacinação, deu-me um estalo. Era isso que estava errado, ou pelo menos não tão certo. Os grupos prioritários começaram com operadores da Saúde, idosos, e grupos específicos, professores, policiais, magistrados etc.
Eu, vacinado
Fui no Posto Modelo na rua Jerônimo de Ornellas, ou João Pessoa, como queiram. Faço lá as vacinas contra a gripe há anos, e sempre me surpreendi com a eficiência e cordialidade dos funcionários. Desmentem o estereótipo do funcionário público.
Ontem, fiquei encantado com as gurias com jaleco onde se lia PUC. Imagino que sejam do curso de Enfermagem. Sorridentes, bem-humoradas, sempre uma palavra de carinho com os que vinham, simpatia total. E, mesmo de máscaras, dava para ver que eram bonitas.
Espelho, espelho meu…
…existe alguém mais criticado que o Supremo Tribunal Federal? Até o povão já o escolheu como malvado favorito. E faz por merecer, convenhamos. O pior é que o conceito se estende ao Judiciário como um todo, e sabemos que isso é errado.
Pai de todas as culpas
Ontem conversei com uma pequena lojista que sabe que escrevo a página 3 do Jornal do Comércio. Como estava sendo despejada porque o dono não quis baixar o aluguel, creditou sua desgraça à Justiça. Pacientemente, expliquei que a Justiça não tinha nada a ver, que era uma negociação privada como qualquer outra. Ela botou as mãos na cintura.
– Mas o senhor me diga uma coisa. Em tempo de pandemia em que tudo está quebrando, ela não deveria usar melhor a lei?
Entendi o que ela, por linhas tortas, quis dizer. E continuou bradando contra o Judiciário por um bom tempo.
– Perceberam? Não era contra o governo. O alvo é a toga.
O lugar mais perigoso do mundo
Alguém do meu miniuniverso de leitores alvitrou que devo levar mais a sério as pesquisas e as estatísticas. Pesquisas são importantes, mas não são verdades absolutas, como sabem até os santinhos dos candidatos a cargos eletivos. Além do mais, o mercado está abarrotado de institutos de “pesquisas”, sem falar nos trabalhos feitos sem rigor científico. Além do que, às vezes, se confunde pesquisa com enquete.
Pesquisas e estatísticas induzem a erros fenomenais, com o exemplo clássico de um cara com a cabeça dentro de um forno e os pés no freezer. Mas quem matou a pau foi a publicitária Daiana Ruttul. Segundo as estatísticas, disse ela, o lugar mais perigoso da Terra é a cama, porque é o lugar que morre mais gente no mundo.
Continua a usar máscara amigo, quero ler a tua coluna por muito tempo..