Lei das consequências não deliberadas

16 mar • Notas1 comentário em Lei das consequências não deliberadas

Desde o início da vacinação eu sentia que algo estava errado, mas não sabia bem o quê. Ao ler como a Indonésia programou a vacinação, deu-me um estalo. Era isso que estava errado, ou pelo  menos não tão certo. Os grupos prioritários começaram com operadores da Saúde, idosos, e grupos específicos, professores, policiais, magistrados etc.

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Eu sei, o cobertor é curto, mas nessa fase quem mais está pegando (e distribuindo) a peste são jovens e adultos até os 50 anos, pois são os que, de um forma ou outra, “trabalham fora”. Pela lógica, a seringa deveria estar procurando braço deles em termos de brecar o avanço da doença.
https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=279&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=antecipacao_ir&utm_content=centro_600x90px
Repito para que não me entendam mal, o cobertor é curto. Seria a estratégia correta se o governo federal não tivesse comido mosca em meados do ano passado.

Eu, vacinado

Fui no Posto Modelo na rua Jerônimo de Ornellas, ou João Pessoa, como queiram. Faço lá as vacinas contra a gripe há anos, e sempre me surpreendi com a eficiência e cordialidade dos funcionários. Desmentem o estereótipo do funcionário público.

Ontem, fiquei encantado com as gurias com jaleco onde se lia PUC. Imagino que sejam do curso de Enfermagem. Sorridentes, bem-humoradas, sempre uma palavra de carinho com os que vinham, simpatia total. E, mesmo de máscaras, dava para ver que eram bonitas.

Espelho, espelho meu…

…existe alguém mais criticado que o Supremo Tribunal Federal? Até o povão já o escolheu como malvado favorito. E faz por merecer, convenhamos. O pior é que o conceito se estende ao Judiciário como um todo, e sabemos que isso é errado.

Pai de todas as culpas

Ontem conversei com uma pequena lojista que sabe que escrevo a página 3 do Jornal do Comércio. Como estava sendo despejada porque o dono não quis baixar o aluguel, creditou sua desgraça à Justiça. Pacientemente, expliquei que a Justiça não tinha nada a ver, que era uma negociação privada como qualquer outra. Ela botou as mãos na cintura.

– Mas o senhor me diga uma coisa. Em tempo de pandemia em que tudo está quebrando, ela não deveria usar melhor a lei?

Entendi o que ela, por linhas tortas, quis dizer. E continuou bradando contra o Judiciário por um bom tempo.

– Perceberam? Não era contra o governo. O alvo é a toga.

O lugar mais perigoso do mundo

Alguém do meu miniuniverso de leitores alvitrou que devo levar mais a sério as pesquisas e as estatísticas. Pesquisas são importantes, mas não são verdades absolutas, como sabem até os santinhos dos candidatos a cargos eletivos. Além do mais, o mercado está abarrotado de institutos de “pesquisas”, sem falar nos trabalhos feitos sem rigor científico. Além do que, às vezes, se confunde pesquisa com enquete.

Pesquisas e estatísticas induzem a erros fenomenais, com o exemplo clássico de um cara com a cabeça dentro de um forno e os pés no freezer. Mas quem matou a pau foi a publicitária Daiana Ruttul. Segundo as estatísticas, disse ela, o lugar mais perigoso da Terra é a cama, porque é o lugar que morre mais gente no mundo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Lei das consequências não deliberadas

  1. Paulo disse:

    Continua a usar máscara amigo, quero ler a tua coluna por muito tempo..

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