Dois aninhos
O Cais Embarcadero de Porto Alegre está completando dois anos. Com suas operações gastronômicas variadas, dá para dizer que aproximou a população do Guaíba, e o por do sol deverá ser um atrativo extra. Sunset by 2023, como diz o convite. Não precisava sofisticar, mas parece que o inglês caminha para ser nossa primeira língua, assim como o espanhol vai substituir o inglês nos Estados Unidos, e o árabe em várias nações da Europa.
A falha é nossa
Aproximamo-nos velozmente do marco em que os profissionais liberais competentes serão em número menor que os colegas incompetentes. Já são visíveis a olho nu profissionais cometendo erros terríveis e trágicos. E o que é pior, sem convicção da sua inferioridade profissional.
Como diz o povo, se acham. Cada um de nós já sabe de um erro profissional que o afetou ou á família ou conhecidos. Culpa do ensino, dirão. Errado.
A culpa é do ser humano. A educação vem depois, certamente falha. Com o aumento do individualismo e a sensação que não tem deveres só direitos, as gerações são mimadas, a autoridade dos mestres derreteu, diplomas legais cada vez mais focados em oferecer benesses, o corporativisvo atroz que tudo perdoa, a omissão dos pais, a vontade de ganhar muito dinheiro sem saber como, é o imediatismo, o aqui e agora.
Nos empregados jovens, vai desaparecendo a vontade de crescer dentro delas, fazer carreira. Não mesmo. Dando para comprar um tênis novo ou roupa da moda e uma boa balada, deu. Está bom assim.
Mas quando tudo começa a dar errado jogam a culpa no governo ou o que estiver mais a mão. Menos sua própria incompetência em ser uma pessoa que encara a vida não como balada, mas como uma batalha diária. O castigo veio a cavalo.
O último maná que caiu dos céus e de graça foi há mais de dois mil anos. A moleza é uma ficção. Não existe nem cafezinho grátis.
Com a cabeça nas nuvens
O que acompanha esse desastre funcional é a falta de atenção. O grande culpado por esse defeito é o fator celular e redes sociais. O que se perde de tempo navegando influi diretamente na produtividade. Não conheço um empresário que não esteja preocupado com isso, geralmente em áreas do comércio.
O teste é simples. Ao chegar no caixa com as compras, diga que é cartão de débito ou de crédito e se quer ou não incluir o CPF. Segundos depois, quem está no caixa, geralmente em supermercados, dá uma de papagaio:
– Débito ou crédito? Vai CPF?