Do Natal ao Carnaval
Nos antigamentes, dizia-se que o ano passava tão rápido que logo após o Natal e o Ano Novo vinha o Carnal, evento que marca – de fato – um novo ano. Até lá é festa e festa.
Um jornalista da extinta Folha da Tarde, Hilário Honório, mantinha uma coluna de pequenas e, às vezes, pequeníssima notas, que não raro terminavam com “duvidam?” Abriu assim a coluna do dia 26 de dezembro.
“Já passou o Natal, o Ano Novo é em seguida. Logo chega o Carnaval, março, a volta às aulas, o inverno e já será Natal de novo. Duvidam?”
Longe de mim duvidar de tal premonição, ao contrário, tenho outras certezas.
Por exemplo, leio no excelente blog Poder 360 que o Judiciário e o Ministério Público estão tomando cuidado para não repetir erros técnicos como os feitos na Lava Jato. Cáspite!, como diria Machado de Assis, o insuperável.
Sempre achei que os caras que se locupletaram com afanos de bilhões de reais vão tomar cuidados para não caírem na mira do tira. Vejo que o cobrario, os lavajatistas eram inocentes e os marcados eram a lei e a acusação. Vivendo e aprendendo.
Nuca consegui entender como pode alguém ser considerado inocente se devolveu centenas de milhões de reais, que chegaram a 4 bilhões, se não cometeu nem um malfeito. Foi doação de dinheiro já existente entre os políticos e empresários então? Que gente generosa.
Então é assim que começa a semana entre o Natal e o dia 1 de janeiro. Duvidam?
Pelo andar da nossa carruagem brasileira de rodas quadradas, a turma que mete a mão ainda vai ser condecorada. Duvidam?
Os dois lados do assalto
Amigo pergunta o nome de um bom restaurante. Dei. Muito caro, ele disse. Sugeri outra. Muito caro também. Bueno, falei, então vai em um de bairro QG do crime. Aí você é assaltado fora. Nos outros, dentro.