Diário da Corte
O caso de hoje é contado pela Norma Ramires.
“Piloto da Tam – Bagual de São Borja
Num voo comercial saindo de Porto Alegre , o piloto gaúcho e são-borjense Salustiano Flores, liga o microfone e começa a falar com os passageiros:
– Bueno, indiada, aqui é o Piloto, Capitão Salustiano, guasca troperu parido com muito orgulho em São Borja. Deixei minha chinoca e meu cavalo pra ter a satisfação de acompanhar as senhoras e os senhores nessa bagaça que é o vôo TAM 426, com destino a São Paulo e escala em Florianópolis, quintal de minha querência, o meu Rio Grande amado.
Neste exato momento tamu vuando a 9 mil metro de altura, sacudindo as melena, velocidadezita de 860 Km/hora, e jatemu sobrevoando a cidade de…
…. OHHHHHHHPAAA!!! BARRRRRBARIDADE!!! DEEEEEUZULIVREEE, COMO FOI ACONTECER ISSO !!! PATRÃO VELHO, QUE CAGAAAAADA…!
E os passageiros escutam aqueles gritos pavorosos, seguido de um barulho infernal…
– NÃÃÃÃOOOOOOO….!!!!!!
Segundos depois, o gaudério pega o microfone e, rindo, meio sem graça, se desculpa:
– Bah me desculpe xiruzada, pelo “esparramo” aki na cabine. Mas é que me descuidei e me escapou da mão a cuia do meu chimarrão, que caiu bem encima da minha bombacha nova. Sacumé, água meio quente… e tal, me queimou ozôvo!!!!
Vocês precisam ver como é que ficou a parte da frente da minha bombacha tchê!!!
Nisso grita um lacaio lá do fundo do avião ….
– Seu Gaúcho filho da puuuuuuutaaaaaaaaa! E você precisa ver como ficou a parte de trás da minha calça!!