Deu no jornal

7 jul • NotasNenhum comentário em Deu no jornal

Segundo o levantamento do Impearial College, de Londres, a taxa de transmissão da covid-19 (Rt) no Brasil caiu para 0,91 — os dados foram atualizados nesta terça-feira (6). Essas são as taxas mais baixas registradas desde 18 de maio, quando o Rt brasileiro mostrava o mesmo número.

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Como uma onda no mar

Mas e a terceira onda prometida há mais de três meses? Todos ficamos confusos com os especialistas. Ah, mas tem a variante Delta, dizem. Sim, mas as autoridades da Saúde confirmam que as vacinas são eficientes também contra esta cepa.

https://cnabrasil.org.br/senar

De toda essa barafunda, tiro uma conclusão que imagino ser verdadeira ou parte dela. Os casos no mundo se devem à grande parcela que não tomou a vacina ou, importante, se recusa a estender o bracinho. Cada um de nós conhece pelo menos uma pessoa nestas situações.

A lista em que jamais entrarei

Posso dizer com segurança que nunca vou figurar na lista dos 10 mais ricos do planeta. Desta água nunca beberei, é fato. Leio que o brasileiro Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook ultrapassou outro brasileiro, Jorge Paulo Lemann, da InBev e outras empresas penduricalhas, por assim dizer. Leman deve ter perdido o sono ao saber que só tem patrimônio de US$ 19,3 bilhões contra US$ 19,5 bilhões do conterrâneo de 39 anos.

Orgulho de ser do time

É engraçado como estufamos o peito para escrever “brasileiro”. Na real, Saverin nasceu aqui, adquiriu e desistiu da cidadania norte-americana e hoje tem passaporte de Cingapura. Não é exatamente como dizer que é de Picos, Piauí, ou Xanxerê, Santa Catarina, ou de São Vendelino, RS. Lá, rejeitamos altos salários.

Gostamos tanto de aparecer que procuramos nas listas dos maiores crimininosis, golpistas ou serial killers se não tem algum conterrâneo. Êta nós!

Falar em imprensa…

Certa vez, até imaginei que um dia poderia estar no listão. Soube que antes de ser bilionário, dono da Brahama e da Lojas Americanas, Leman foi repórter de economia do melhor jornal que o Brasil já teve, o Jornal do Brasil, o popular JB. Se ele pode eu também podia, pensei, até chegar a dura e cruel realidade.

A única lista dos 10 + que jornalista entra é a dos 10 mais pobres. Pobre, mas limpinho, as tais palavras que consolam. Hoje não sei, mas o piso do jornalista gaúcho costumava ser menor do que o do cobrador de ônibus. Nada contra eles, mas pelo  menos eles mexem, botam a mão no dinheiro todo santo dia.

Jornalista só mexe com o dinheiro dos outros. Como nestas notas acima.

A maldição das terças

O escritor T.S. Eliot disse que abril é o mais cruel dos meses, certamente por motivos só dele. Não tenho nada contra, eu até nasci nele. O jornalismo tem outra crueldade de calendário, as terças-feiras. É o dia da semana em que aparecem menos notícias. Não é segunda, porque tem o carry over do final de semana, o estoque deixado para trás.

Como regra, enquanto durarem os impressos, o dia em que menos se lê jornal é o sábado. Por isso olhe os anúncios, geralmente poucos. Mas olhe melhor os balanços, atas de  assembleias das empresas.

Publicam no sábado para ninguém ler.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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