Caras limpas

13 ago • NotasNenhum comentário em Caras limpas

A rede MAC, de produtos de maquiagem da Estée Lauder, vem fechando lojas em shoppings de todo o país. A pandemia fez as  vendas caírem de forma acentuada, conta o jornal Valor Econômico. Batons foram muito prejudicados. E eu que achava o contrário, que a autoestima aumentaria as vendas.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3141&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=cdc_sustentabilidade&utm_content=centro_600x90pxComo não sou mulher, nem uso maquiagem, errei feio na minha avaliação. Mas houve exceções, como produtos  para limpeza de pele e cremes. Depois de Inês morta, é fácil ser profeta do passado, mas é claro que o batom seria afetado. Autoestima aumenta nas ruas e em encontros sociais, locais públicos como bares e restaurantes.

Muito estranho

Em Brasília sobrou só uma loja da Estée Lauder. Logo lá, onde maquiagem é muito usada em orçamentos. No meio empresarial também se usa muita maquiagem nos balanços.

https://cnabrasil.org.br/senar

Colados e descolados

Confesso que sempre gostei de vestir bem. Tom sur tom é meu lema, ou combinações de cores que não agridam. Quando você é jovem, pode usar de tudo, combinar xadrezes extravagantes com sapatos coloridos  de doer nos olhos que será considerado um descolado.

Se fizer isso depois de uma certa idade, vão dizer que você é ridículo. Há uma regra de ouro: alguém que tenha postura e um histórico de descolamentos pode fazer essas misturebas de tecido e cores. Tem que ter segurança.

O caso do gordinho safado

Certa vez, fui ator de comercial de TV. Trabalhava na Pública, do Salimen Jr. Cheguei de manhã na agência e os caras da produtora estavam desesperados. O ator de um comercial do cliente Edel avisou que estava doente. E tinha que ser naquele dia. Era filmagem, não gravação em vídeo, filme mesmo. Um gordinho da produção apontou o dedo para mim e falou “É esse aí!”

“Esse aí” era um vendedor picareta que tentava vender terrenos no meio do mar para um casal distinto. Fiquei imensamente grato pela, lembrança, hahaha como sou feliz por parecer picareta. Gordinho safado. Mas vamos lá, noblesse oblige. Só que eu mesmo escolhi o guarda-roupa. Profi é profi, já tinha feito outros comerciais. Entrei na Kombi da Linx Filme e fomos para Cidreira fazer as filmagens no meio das dunas.

O horror, o horror…

A saber: paletó bordô xadrez com grandes quadrados, camisa amarela, gravata azul, calça marrom. Coisa horrível de se ver. Resumo foi o seguinte. O comercial (1978) foi um sucesso por si só. E recebi um elogio do empresário Davi Berlim. Ele dizia para quem quisesse ouvir que eu merecia o Oscar de melhor ator. E me contratou para fazer um comercial de carnê pelo qual recebi uma bela grana.

Cá comigo, pensei que deveria ter recebido dois Oscar, um de Melhor Produção e outro por Efeitos Especiais.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »