O naufrágio do Dona Maria – versão curta
O restaurante Dona Maria, na rua José Montaury em frente ao Posto da Brigada, foi um templo sagrado de encontro para comer e beber, às vezes só o segundo. Era tocado pelo austríaco Ernesto Moser, que era casado com a filha da Dona Maria. Em 1973, sofreu um incêndio, mas, como a Fênix da mitologia, ressurgiu das cinzas.
Poucas semanas depois, estava eu em conversa com seu Ernesto quando sobreveio um toró bíblico. Torrentes de água vindas da Rua da Praia deixaram o piso com quase um palmo de água. Especialista em sobrevivência aquática, o austríaco mandou o garçom pegar dois engradados de cerveja vazios e neles botamos os pés, sentaditos nas cadeiras.
Nisso, vem um cliente contumaz, um médico cearense sentado bem adiante fazendo chap-chap ao caminhar. Ficou nos encarando.
– Então, seu Ernesto, a casa em vez de pegar fogo agora vai a pique?
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