As artimanhas do “se”

14 jul • NotasNenhum comentário em As artimanhas do “se”

Se o presidente Jair Bolsonaro sofrer impeachment, no meu entendimento difícil por não haver tempo para todo o tortuoso processo e aprovação por maioria absoluta da Câmara dos Deputados, assumiria o vice Hamilton Mourão, nome respeitado pelos meios militares e sociedade civil.

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Cama feita

Com reputação e passado impecáveis, o general terá pouco tempo para dizer a que veio, mas o terá de qualquer modo. E se sair bem, é nome forte para 2022, poderia ser a terceira via. O que é ruim para Lula. Não esqueçamos a alta taxa de rejeição do ex-presidente. O eleitor não de esquerda, que vota em Lula só para não votar no capitão, provavelmente teria essa opção.

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Sei que o “se” é brabo. Mas é o que a casa oferece. O Brasil é cheio de “ses”. Desde a adolescência, conheço a velhíssima piada “se meu tio não tivesse aquilo no meio das pernas seria minha tia”.

Hamilton Mourão já disse que não quer jogar esse jogo, mas acredito muito no “se”. Se for o caso.

O que desce, sobe

Que o investimento em imóveis comerciais não é uma boa sabem até as pás de cal da construção civil. O home office e seus parentes, o compartilhamento de espaços em vez de escritórios completos, tudo somado fez com que prédios inteiros estejam vazios ou quase. O aluguel, nem se fala.

O porém de sempre é que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. Como a construção civil e o mercado imobiliário vão sair dessa criando algum novo atrativo não se sabe, mas a dor ensina a gemer.

Siga o dinheiro

Por isso, quando bilionários como Jorge Perez dizem que vão investir no  mercado imobiliário  – paulistano, no caso – burros como eu torcem as orelhas. Claro que burros não têm bala na agulha, mas se tivesse abriria bem meu olho para ir atrás desses caras. Não seriam bilionários se fossem burros.

Você sofre de taquifemia?

 Se for o caso, não se preocupe. Faz parte de um grupo não tão pequeno de pessoas que têm esse distúrbio de fluência que compromete a velocidade da fala, consequentemente dificultando o entendimento, se torna confuso  É o oposto do falar arrastado.

É um tema pouco discutido, diz a fonoaudióloga da USP  Cristiane Romano, e a pessoa afetada pode  nem se dar conta. Pode afetar a escrita também. Ao ler o artigo da Doutora, dei-me conta da quantidade de pessoas que são assim. Imagino a aflição delas, as que se dão conta.

Mas também conheço uma pá de gente (olha a gíria dos anos 1970…) que não tem taquifemia e seu falar é confuso, falando ou escrevendo. Nem preciso dizet que boa parte dos políticos e homens públicos é assim.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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