O mapa da bolacha do chope
Sempre nos achamos os reis da cocada em comparação com outros países em termos de criatividade, mas essa convicção fica abalada quando se vê com funciona a marcação das bolachas de chope na Alemanha. Vi isso nos anos 1980. Aqui, à medida que o cliente vai bebendo, o garçom traz a bolacha equivalente, o que sempre embute o risco do sujeito “perdê-la”.
Nos bares teutos, o garçom traz uma só bolacha e, nas repetições, faz um risquinho com lápis nela. Bebeu três, três risquinhos, bebem cinco faz a figura quadrada de cinco. Não tem como sonegar chope, porque o risco vai fundo.
Hoje não sei como é aqui, abandonei o ringue há 28 anos, mas na época tentei convencer garçons e donos da bares a fazer o mesmo método e só recebi olhares estranhos de volta, como se eu fosse um alemão burro a duvidar da malandragem brasileira.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
