A santa do teclado
O irreverente Paulo Motta constatou que, na terça-feira, foi o Dia de Santa Tecla, padroeira, segundo ele, dos datilógrafos, digitadores e pianistas. Parece que já estou ouvindo os tecladistas gritar “e nós, cara pálida?” Calma que tem para todos. A santa, versão mottiana, é generosa. Em Porto Alegre, existem dois edifícios chamados Santa Tecla. Um, o maior, com, sei lá, 20 andares, fica no fundo do início da avenida Independência. Como é muito recuado, um bocado de gente dele não tem conhecimento.
Quando eu era jovem e verde como taquara recém-nascida e com magreza igual, fui convidado por um amigo para um rango que ele tinha de sobra e eu mal e mal travava conhecimento no dia a dia, ó fome! Pois foi em um apartamento do Santa Tecla. Vivia lá um político apelidado de Jim das Selvas, e eu na minha santa inocência achava que seria por causa do Indiana Jones daqueles tempos, uma espécie de Crocodilo Dundee DASAFRICANO, cujas histórias em quadrinhos me encantavam.
Quando adentrei na sala vi o Jim das Selvas com uma garrafa. Aí caiu a ficha. Não era Jim das Selvas, era Gim das Selvas. Erro de avaliação prematura, ora, ora. Atire a primeira pedra quem nunca as fez.