A picanha é do povo

15 mar • NotasNenhum comentário em A picanha é do povo

Eis que, de repente, senti súbito júbilo ao ler os aleluias dos deputados federais e senadores da esquerda ao fato de a picanha ter caído de preço. Suas excelências não disseram quanto.

Mas eu acredito que eles devem ter lá suas fontes confiáveis, pelo menos de Brasília para cima e para os lados. Aqui, sou como São Tomé, para crer. Imagino que uma das explicações seja a China.

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Esses chineses estão sempre aprontando uma. Como surgiu um caso atípico de vaca louca no Pará, as exportações de carne brasileira foram interrompidas. Circunstância que deve mudar até o fim do mês porque é caso isolado. Enquanto isso, vamos comer picanha.

O mundo é um moinho, já dizia mestre Cartola. Rodamoinho roda pião, cantou Chico Buarque de Holanda. O que dá para rir dá para chorar, é letra de música do compositor Billy Blanco.

Mais completamente, “O que dá para rir dá pra chorar/Questão só de peso e medida/Problema de hora e de lugar/Mas tudo são coisas da vida”. Era bom esse Billy Blanco, letrista carioca  de primeira dos anos 1950 e 1960.

https://cnabrasil.org.br/senar

Pois neste momento…

…estou risonho e não está dando para chorar, pelo menos provisoriamente. Como dizia a atriz Tônia Carrero quando perguntada se era feliz, respondia que era feliz várias vezes por dia.

Está de bom tamanho para mim, também provisoriamente. Quem não está rindo nem um pouco são os depositantes dos bancos Silicon Bank Valley (SBV) e Signature Bank, que perderam seu rico dinheirinho. Esses americanos, sempre aprontando uma.

Pulando de galho em galho…

…nos galhos das árvores da floresta chamada Civilização, sinto que alguns galhos ao meu redor quebram, e os Tarzans que viajam de cipós de vegetal em vegetal se estrepam e se espatifam no chão. Certamente estes não são felizes, em nenhum momento do dia, ouviu dona Tônia?

Olhando o chão de cima, na copa das árvores, dá-se razão para o ditado “quanto mais alto se vai, maior é a queda. Eis que vem a dúvida, que a seguinte.

Se você cair de uma altura de 50 metros ou de cinco o estrago é o mesmo, a perda de vida. Neste caso, eu preferiria cair de cinco metros. Melhor, preferiria não cair de altura nenhuma.

Terra à vista!

O que cai de um prédio de 100 andares leva um bocado de tempo para ver laje de perto. Passa do andar 50 e ele pode dizer “Passei do andar 49 e, por enquanto, tudo bem”.

Lá vamos nós de novo sobre a titica que é o tempo da nossa vida. A Terra existe há 5 bilhões de anos. Faz 300 mil que o primeiro humanoide saiu das árvores  para as cavernas.

E, como dizíamos na faculdade onde todos eram de esquerda, “eu, enquanto humano”, estou pensando há menos de 10 mil anos e só inventei a escrita como a conhecemos há 5 mil anos. Então qual é a tua, dente-de-leite?

Os sábios símios

Acredito que os macacos descendem dos homens e não o contrário. Eles foram sábios. Quando ainda eram como nós somos hoje, viram a cacaca que poderiam fazer e trataram de involuir.

Os mais inteligentes viraram chimpanzés e gorilas. Os fortões se transformaram em orangotangos. E os de salário mínimo viraram, macacos-prego. Com sorte, chegaremos lá.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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