A boquinha das socialaites
Quando você conversa com uma socialaite na faixa dos 40 anos, observe que ela quase no mexe os lábios, hábito que é comum na aristocracia e realeza britânica. Às vezes, é cópia, outras vezes é obrigação.
Ocorre que as cirurgias plásticas a que ela se submete, querendo voltar ao tempo em que eram mocinhas, estica tanto a pele que, se ela abrir mais a boca, levanta uma perna, perigando chutar alguém ou o pau da barraca.
Privacidade, uma lenda
Há coisa de 10 anos, um diretor de internet da Google, causou um bocado de polêmicas. Ao falar durante o evento do Federal Trade Commission, em Washington, comentou que a “privacidade pode ser, de fato, uma anomalia”. Ou seja, ele infere que não há motivos para tanto alarde quando nossos assuntos pessoais estão nas mãos de todo mundo 24 horas por dia.
Para ele, senso de privacidade era uma coisa muito nova na história das sociedades humanas, algo não natural até. Em uma cidade com três mil habitantes não existe privacidade, ressaltou Cerf, todo mundo sabe de todo mundo.
É uma tese. Cínica, mas é a dura realidade. Não adianta espernear, é como ser contra a chuva. Toda nossa vida profissional, clínica, financeira, cultural já está em alguma nuvem ancorada em um deserto remoto.
Sem falar que o mapeamento genético, mais dia menos dia, vai nos dizer, no nascimento e talvez antes dele, quais problemas de saúde teremos ao longo da vida e de que vamos morrer. Isso sim é assustador.
Menos para as companhias de seguros.
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