Medonhas barbaridades
Apesar das medonhas barbaridades que a humanidade cometeu ao longo da história, sempre deixo um espaço para me maravilhar com o engenho humano. Nem vou falar nas conquistas tecnológicas no campo da ciência e mesmo no dia a dia. Lembro do primeiro rádio portátil Spika da Sony, que consegui comprar com meu minguado salário de bancário. Ouça um radinho daquela época e compare a qualidade do som com o que você recolhe de músicas do You Tube e as ouve com fone de ouvido que qualquer camelô vende por meia dúzia de pilas.
Imagem: Freepik
DO SPIKA AO CHIP
O que me empolga é quando me debruço sobre os avanços da medicina. Vejam o caso das pontes de safena, que já são obsoletas. Vieram os stents, aquelas molinhas que alargam o que estreitou demais.
CHURRASCO DE GENTE
Não faz muito tempo que te abriam ao meio como costilhar inteiro do boi para churrasco capaz de matar a fome de 20 pessoas; depois tiravam uma veia mamária ou outra e faziam gato e sapato do coração até botar peça nova. Depois, costuravam de volta e aí doía pra caramba. Até fechar tudo levava semanas, e para ganhar confiança no taco mais outro tanto. Parace que inventaram a superbonder, que não é cola, é solda, para esse fim. Mas dava rejeição, algo assim.
ESPAÇO DE SOBRA
E graças à nanotecnologia, em breve, muito breve, vão te injetar um monte de reloginhos e broquinhas em miniatura que vão te curar antes mesmo da doença aparecer. “Há muito espaço lá em baixo”, disse o pai dessa criança, o físico americano Richard Feynmann. E olha que foi em 1959.
PENSAMENTO DO DIAS
Quem bebe uísque com guaraná estraga os dois.