O caso do PM frio
Escrevi no A Vida de ontem que contaria o caso do PM falsificado, então cá vai a história, que se passou no início dos anos 1980, quando a Brigada Militar ainda era responsável pelo policiamento do trânsito. Conto o causo como o causo foi pois fui a famosa testemunha ocular da história.
Conversava com um tenente da Brigada Militar na lanchonete do seu irmão situada na rua Duque de Caxias, proximidades da Praça do Portão. Conversa vai, conversa vem, um guincho do trânsito estacionou do outro lado da rua. Um PM orientava o motorista do caminhão para a manobra de retirar um carro estacionado em lugar proibido. O tenente olhava a cena.
De repente, o oficial levantou da banqueta junto ao balcão onde levávamos um lero e abordou o policial militar, que não era um policial de verdade e sim um impostor, deu-lhe voz de prisão e o algemou. Em seguida, ligou do telefone da lanchonete e chamou um camburão, que veio logo. Perguntei ao tenente como reconheceu que o PM falsificado tão rápido.
– Simples. No capacete estava escrito 11º BPM, mas nas ombreiras lia-se 9º BPM.