• A velha senhora e suas cicatrizes

    Publicado por: • 26 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Porto Alegre completa hoje 247 anos, alguns bem vividos e outros nem tanto. Morar na capital gaúcha é como ter casado com uma mulher que foi muito bonita, mas que o tempo desfigurou. Algumas vezes por motivos alheios, gestões desastradas, outros porque o tempo mudou toda a cidade. Para a minha geração e a anterior, a antiga deusa era o máximo. A velha senhora começou a mudar para pior a partir da segunda metade dos anos 1970. Acho que foi assim em muitas cidades.

    Casório é assim mesmo. No início, quando se chega à cidade grande, tudo reluz, tudo é novo, tudo é bonito, igual a uma namorada com quem se casa depois. A minha Porto Alegre foi a dos anos 1960. Ela era deslumbrante. Tudo começou a mudar de 1968 em diante, os bondes terminaram, os bar-chopes começaram a morrer por falta de estacionamento.

    O fim dos almoços

    Cidade grande tem lá seus marcos divisórios. Para mim, Porto Alegre começou a ser outra quando as pessoas pararam de ir do trabalho para almoçar em casa, sestear e depois voltar. Dali em diante começou o reinado das lanchonetes e hambúrgueres. E do bauru, lanche que ninguém mais fala. É só xis e burguer.

    In media virtus

    A Frase do Dia foi proferida pelo vice-presidente Hamilton Mourão quando esteve em Porto Alegre no final de semana. Fiquei matutando se o alvo colimado era a extrema direita em geral ou a turma da linha dura que cerca o presidente.

    Segura peão

    Lembrei de outra frase dita em circunstâncias outras, mas com o mesmo calibre. O autor foi o injustiçado ministro Golbery do Couto e Silva, quando a linha dura do governo se meteu de pato a ganso, e a extrema esquerda veio com tudo. Golbery a endereçou para um dirigente da esquerda moderada: “Segurem seus radicais que eu seguro os nossos”.

    A união faz a força

    WhatsApp Image 2019-03-25 at 18.12.17No dia do aniversário de 247 anos de Porto Alegre, o espanhol Josep Piqué, idealizador de iniciativas que revitalizaram Barcelona, na Espanha, e Medellin, na Colômbia, estará ao lado do prefeito Nelson Marchezan Jr. E o motivo não poderia ser melhor: formar a Mesa Diretora do Pacto Alegre, uma aliança entre UFRGS, PUC e Unisinos, em conjunto com a prefeitura, que visa unir forças em torno de desafios e projetos para beneficiar toda a cidade e seus 1,5 milhão de habitantes.

    Funcriança

    Doe 3% do seu Imposto de Renda para o Funcriança. A causa é justa e é nosso futuro que está em jogo.

    Catedral São Pedro

    A Catedral de São Pedro, em Rio Grande, primeira igreja portuguesa no Rio Grande do Sul, começa a ser restaurada. O ato de lançamento da obra  será hoje às 9h30min. Construída em 1755, faz parte dos primeiros tombamentos nacionais no Brasil.

    La bela Italia

    Greve no setor aéreo cancela quase 100 voos na Itália. A Itália é um espetáculo. É o único país em que a bolsa sobe quando cai o gabinete.

    O Laçador

    Com o lançamento do aplicativo Laçatour, as empresas Moove, PlanXP e Imobi se engajam no debate do destino do monumento. Permite inserir a imagem do Laçador em fotos tiradas em qualquer lugar do mundo usando a tecnologia de realidade aumentada. A idealização do projeto é da Agência Moove e contou com o desenvolvimento da PlanXP e a parceria institucional do Grupo Imobi. A ideia do aplicativo Laçatour surgiu a partir do debate sobre a transferência de lugar da Estátua do Laçador, que é o símbolo oficial de Porto Alegre.

    Políbio Braga

    A Justiça rejeitou a queixa-crime oferecida pelo ex-governador Tarso Genro contra o jornalista Políbio Braga. O pedido foi referente à publicação do artigo “A desordem no Rio começou quando o ex-ministro Tarso Genro aqueceu as UPPs e criou os Territórios da Paz”, onde alega que jornalista teria praticado os delitos capitulados no art. 138 (calúnia) e 139 (difamação). Cabe recurso.

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  • “Não se combate o comunismo com comunismo ao contrário.

    • Hamilton Mourão •

  • A piada do senador (*)

    Publicado por: • 25 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    Um senador da República de poucas luzes dos anos 1960, encanzinou que falava mal de improviso quando discursava da tribuna, o que era uma avaliação que seus pares assinariam embaixo. Então partiu para o discurso escrito, mas para isso teve que contratar alguém do ramo. Na véspera do dia em que faria a peça de oratória colada, ele chamou o recém-contratado e lhe deu o tema e o recheio.

    O assessor então disse que colocaria uma piada antes de entrar a sério no tema, coisa que político americano fazia muito bem. O senador lhe deu sinal verde.

    Chegou atrasado no Congresso, e subiu direto para a tribuna sem ler o texto antes. Pegou as laudas e engrenou uma primeira e saiu falando. Como sugerido, havia uma piadinha para enriquecer o recado. Tão logo a terminou, olhou sorridente para o plenário.

    – Essa é muito boa! Não a conhecia!

    (*) Quem contou o causou foi o jornalista Sebastião Nery

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  • Quem trabalha não consegue tempo para ganhar dinheiro.

    • F. A. •

  • Pausa para o churrasco

    Publicado por: • 25 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Falta de de popularidade não é o problema do general Hamilton Mourão. Ao contrário. Depois de cumprir agenda junto ao Colégio Militar de Porto Alegre, que estava de aniversário, o vice-presidente falou aos auxiliares que queria comer na Churrascaria Barranco, uma instituição porto-alegrense. A comitiva utilizou a salão interno. Em seguida ele pediu carne, costela, picanha, o que visse.

    Com a casa cheia, Mourão levou um bom tempo para percorrer o espaço entre o corredor apinhado de gente até o estacionamento da casa. Como na Fiergs, atendeu a todos, cumprimentou as pessoas que estavam nas mesas, não se furtou aos selfies, e fez uma parada extra numa senhora com criança no colo. Foi muito aplaudido,

    Falou no painel “Desafios de uma nação – segurança pública em foco”. Teve momentos de descontração com convidados e um pequeno grupo de jornalistas no coquetel que antecedeu o almoço com lideranças políticas e empresariais.

    Direto e polido

    mourãoMourão quebra todos os estereótipos que se fazem de militares, especialmente os de alta patente. Não é truculento nem olha interlocutores de cima, bem ao contrário. É afável e atencioso mesmo com desconhecidos.

    Macaco velho

    Jair Bolsonaro precisa sair da toca e se comunicar mais. Do jeito que está levando o barco, é óbvio que sua popularidade enfraquece. Sem falar nas desastradas frases dos filhos. Sabem o que falta a eles? Um bom assessor de imprensa, mas que seja macaco velho em matéria de redação (de jornal, TV e rádio).

    Esse era

    Mourão é rápido no gatilho do discurso lido. Acrescenta cacos geralmente bem-humorados ao texto original. Durante o discurso feito no almoço, comentou da necessidade de o Brasil abrir sua economia, disse a famosa frase “não existe almoço grátis”. Sem titubear, acresceu “menos este”.

    Segurança

    Tópicos extraídos da palestra do Gen. Guilher Teóphilo, Secretário Nacional de Segurança Pública no painel sobre a segurança.

    “O que acontece na região da Cabeça do Cachorro (na Amazônia) é o roubo de nióbio, uma riqueza de alto valor. Também são levados animais silvestres e peixes ornamentais, vendidos a peso de ouro no exterior. O Brasil é o segundo maior consumidor de drogas do mundo, só perdendo para os EUA.”

    “É preciso mudar a lei. Um perito que vai fazer seu trabalho num lugar conflagrado – como numa favela – não está armado. Ele não tem porte de arma.”

    “Polícia Civil é como obra enterrada: ninguém vê, não dá voto.”

    Uns e outros

    Há uma enorme diferença entre as prisões de Lula e de Michel Temer. O petista foi condenado duas vezes e em segunda instância: Temer nem réu é ainda.

    Funcriança

    Não esqueça: na sua declaração de Imposto de Renda destine 3% para o Funcriança. A declaração está mais fácil este ano para quem quiser ajudar o futuro do Brasil.

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