O sábio Amaro Juvenal
O povo é como o boi manso,
Quando novilho atropela,
Bufa, pula, se arrepela,
Escrapeteia e se zanga;
Depois. . . vem lamber a canga
E torna-se amigo dela.
Este é um do versos de uma das melhores coisas já escritas nesta Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, o poemeto campestre “Antonio Chimango”, ou o então presidente do Estado Borges de Medeiros. O autor, que usou o pseudônimo de Amaro Juvenal, foi Ramiro Barcellos. Procurem nos sebos, de preferência. Em último caso, na internet. Quase todas as edições são antigas, portanto tem cheiro (bom) de livro velho. Como hoje em dia, certo? Aqui vai o verso final. Também atualíssimo.
Home é bicho que se doma
Como qualquer outro bicho;
l em às vezes seu capricho,
Mas logo larga de mão;
Vendo no cocho a ração,
Faz que não sente o rabicho.
Como as coisas não mudam, não é mesmo?