Minha segunda namorada
Eu já era mais taludinho. Não tinha 8 anos, como contei ontem sobre meu primeiro amor. Já estava quatro anos mais velho. Ao contrário do meu primeiro, nunca estivemos a menos de, pelo menos, cinco metros. Mas meu olhar se fixou e se encantou com aquele rostinho maravilhoso com malares acentuados. Ainda me amarro com molares um pouco mais salientes. Deve ser meu sangue celta. Até hoje sua imagem me acompanha, como se ela Mona Lisa fosse.
Foi em um verão em Tramandaí. Meu pai alugou uma cabana no Hotel Gaúcho, e a família dela estava em outra. Ela ia para a janela, eu me postava na minha, e então foi a primeira fez que aconteceu um namoro EAD.
Infelizmente não teve final feliz. Eu era tímido, ela também. Então, quando terminou o veraneio, éramos duas almas infelizes e chorosas pelo tórrido caso de amor que nunca tivemos.