Meu querido diário

15 maio • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Meu querido diário

Neste dia friozinho, vesti uma jaqueta um pouco mais grossa para enfrentar o termômetro. O primeiro frio a gente  nunca esquece. Fosse em julho, usaria uma jaqueta leve e camiseta por baixo, e deu. Dá para fazer uma metáfora com o Brasil de hoje. Depois de um início interessante, a campanha contra o presidente-que-não-se-ajuda perdeu a graça. Virou friozinho de maio.

OLHA que a rapaziada está fazendo força para ver chifre em cabeça de cavalo, mas é mais do mesmo. Sejamos francos: virou pessoal. Exageraram no fermento. O bolo que era para ter um andar, já está no quinto e agora ruma para ser arranha-céu. Constitucionalmente falando, falta carvão na caldeira para essa locomotiva sair do lugar. A aposta é no desgaste. Com 30% do eleitorado a seu favor, um processo de impeachment do Capitāo não é como chutar cachorro morto.

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ENQUANTO isso, procuro aqueles gráficos de curva do vírus e não os acho com facilidade. Deve ser alguma pegadinha ou tarefa de gincana: ache onde está a curva da covid-19. Pelo que lembro, da última vez ela estava achatando em Porto Alegre. Então perdeu a graça. Vírus só é notícia quando mata adoidado, não tem mais UTI disponível e os infectados se arrastam nas ruas à procura de uma vaga no hospital.

ENTREMENTES, ninguém consegue explicar o motivo do patife vírus só agora pegar a turma da baixíssima renda das favelas. Ouso dizer que a causa pode ter a ver com a vitamina S, de Sujeira – aquela que faz muitas maldades, mas dá bonificação em forma de anticorpos para uma porção de doenças. Por isso, começou com doença de rico cá no Sul. Rico corre para o hospital até quando aparece unha encravada.

MEU querido diário, me dei conta da falta de protagonismo dos partidos de esquerda – exceção do PSol -, mormente do PT.  Estaria ele na UTI? Ou a camada dirigente estaria se prevenindo, tomando chazinho de sumiço?

TAMBÉM existe o chá de presença. Certa vez um comunicador gaúcho falou assim: Esse negócio de autoajuda depende muito da pessoa, não é mesmo? É mais ou menos como dizer que as árvores crescem até a altura que atingem.

PARA encerrar, diário meu, desconfio que, na reabertura das cafeterias, não haverá mais café moído. Mofou tudo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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