Melo, M de vitória

30 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Melo, M de vitória

A vitória de Sebastião Melo sobre Manuela D’Ávila foi uma das mais importantes inclusive no contexto nacional. E o Ibope errou feio na pesquisa que a RBS divulgou sábado à noite, dando Manuela à frente. O que, ao fim e ao cabo, foi bom para o candidato do MDB por ter alarmado os gansos antiesquerda.

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VOTO DO SILÊNCIO

Parecia que Manuela ia abrir vantagem, mas não foi o que ocorreu. Foi o contrário. Barulheira nas ruas não significa apoio e voto.

MORAL DA HISTORIA

Não confunda minoria barulhenta com maioria silenciosa.

QUE SERÁ, SERÁ

O resultado de uma eleição só é importante se ele revela tendências futuras, o comportamento do eleitorado. Nas eleições passadas, foi a busca do novo. Olhando o mapa eleitoral brasileiro, são duas as constatações. No geral, venceu a centro-direita, mas novas siglas da esquerda substituíram o desgastado PT. Eis que chega o PSOL.

MAR VERMELHO

Quem lembra as impressionantes passeatas do PT nos anos 1990 sabe do que estou falando. Era um mar de bandeiras vermelhas agitadas pela classe média e pelo funcionalismo público. Bandeira do PT em vila era coisa rara. Com o passar dos anos, lideranças graúdas e miúdas do partido se lambuzaram com o mel que nunca tinham comido antes.

RADIAÇÃO DE FUNDO

Vezes sem conta o PT era descrito como um partido puro, pureza que virou sujeira como sabemos. Restou um pequeno bastião, pequeno mas combativo, mas sem formar uma massa crítica. Olvidaram que Lula era o PT, e não Lula era do PT.

PSOL NO HORIZONTE

Em linguagem do Big Bang, só restou a radiação de fundo. Rei morto, rei posto, entrou o PSOL, que provavelmente terá Guilherme Boulos como candidato a presidente em 2022. Com chance de vitória se a sigla não tropeçar nas próprias pernas e não imitar o PT.

A DIREITA MEDROSA

A direita? É envergonhada, não se assume com um plano de combate, nomes e fundos desde já. A direita é como os muito ricos, que nunca gastam o seu próprio dinheiro. A esquerda não precisa ter medo da direita em termos de partido, talvez o DEM chegue mais perto.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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