Diário da peste

13 abr • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diário da peste

SABEM o artifício que fazem nos documentários, com a câmera focando um pequeno objeto e depois se distanciando cada vez mais até chegar no espaço sideral e mostrando a Terra como é vista do espaço?  Se o ponto inicial fosse uma imagem do coronavírus, do espaço, na Terra se veria uma faixa gigantesca onde se leria “confusão”.

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ESTE é o resumo da ópera trágica que vivemos. Não falo apenas do status quo, mas da confusão instalada por governantes, médicos, epidemiologistas e todos que se ligam ao vírus, fatos, consequências e previsões.  Há unanimidade em poucos pontos. No resto, o cidadão comum fica boiando. Se adicionarmos que a linha de transmissão também erra muito, está feita a geleia geral.

VI com estes olhos que a Terra há de comer uma comentarista de rede de televisão dizer que o Chile não faz parte da América do Sul e que a China tem um TRILHÃO de habitantes, mesmo sendo MENOR do que o Brasil. Onde elas estavam da idade escolar? Na escola é que não estavam.

do lado dos especialistas, a maioria está brigando pela Taça Fim do Mundo. Uns falam em pico da doença apenas ano que vem, outros em novembro, julho, maio e final deste mês de abril.

ESTES pertencem  à escola do Inferno de Dante Allighieri, “Vós que centrais, perdei toda a esperança”. Outros trilham caminho oposto com o samba Vai Passar, de Chico Buarque. O samba enredo cantado pelos Escola Jesus Vem Aí  e Vai Passar. Também alcunhado Espeto Corrido.

É CLARO que há os que são zelosos, ponderam cuidadosamente o que vão dizer em público e, quando entrevistados, preferem o sistema perguntas por escrito, respostas idem. E se for telefone, gravam e colocam nas redes sociais assim que o perguntado encerrou.

ESTES  últimos têm visibilidade menor porque não pertencem a nenhum desses grupos.

Não confundem desejo com realidade e repetem o filósofo Sócrates, que na sua humildade disse “só sei que nada sei”.

Pensamento do Dias

Aquela simpatia de bater na madeira e falar “isola” agora tem outro significado. É uma ordem.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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