Cinco mil menos um

15 out • A Vida como ela foi2 comentários em Cinco mil menos um

Uma das boas sacadas feitas nos ônibus urbanos da Carris de Porto Alegre a partir dos anos 1990 foi o concurso Poemas no Ônibus, afixados acima das janelas. Não ando muito de ônibus, mas ando. Então, há dias, vi um que achei muito bem apanhado. O título era “Inadimplência”:

Ando pensando
Em colocar o tempo no SPC
Pois há meses ele
não me paga
Alguns momentos
de felicidade

Anotei às pressas, só peguei o primeiro nome do Autor, Sérgio. Outro poema de ônibus, perto de 2000 era tão bom que o guardo na memória, mas infelizmente ela lotou e não sobre espaço para guardar o nome do autor. Diz mais ou menos assim:

Quando dormes
Amaldiçoo teu sono
Quando dormes
Cuspo nos teus sonhos
Quando acordas
Sou teu cão

Maravilha, não? É um poema noir.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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2 Responses to Cinco mil menos um

  1. jorge backes disse:

    Bom dia
    Sobre poemas em ônibus olha este
    “as pessoas aplaudem as casa sem campainha”
    Não sei o autor
    Jbackes

  2. Plínio Nunes disse:

    Uma vez eu botei uma bobagem parecida no Facebook? Durante uma semana, todo mundo batia palmas para mim: parentes, conhecidos e até desconhecidos. Até que mandei consertar a campainha.

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