O rolo inglês

9 maio • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em O rolo inglês

  Postei no Face uma frase dizendo que tinha comido um bolo inglês metido a besta, com cartola, referência ao cupcake. As reações foram as mais diversas, desde curtidas até veementes tentativas de defender o cupcake. Era uma mera frase de efeito, não uma declaração de repulsa ao bolo do momento. E poderia ter dito que bolo inglês na Inglaterra chama-se muffin.

Comi-lo porque qui-lo

   Entre outras manifestações, surgiu a de que, em Pelotas, chamam-no de queque. Natural que fosse assim. Queque vem do inglês cake e deve vir desde o tempo em que a presença dos ingleses era muito forte no sul do estado, especialmente Pelotas e Rio Grande. Tudo isso porque foram os ingleses que construíram a ferrovia ligando as duas cidades, além dos molhes de Rio Grande e possuíam várias empresas de navegação ou agenciavam navios. A mais conhecida era a Wilson Sons, mas também teve Cranwood na parada.

As praças de Rio Grande

   Vem do tempo dos ingleses a construção de várias praças na cidade. Também foi o primeiro Country Club a ter campo de golfe com 18 buracos. E sendo uma cidade com grande número de operários, era natural que sediasse o primeiro Partido Comunista (PCB) do Rio Grande do Sul. E por ser um porto, também abrigou um cabaré muito famoso, o Mangache ou Mangacha, nome da proprietária do estabelecimento, famoso até os anos 1950.

Essas coisas navais

   Da mesma forma, no auge do porto de Porto Alegre, os marinheiros aproveitavam a folga para aprontar. Mais tarde, eram bons em vender bebidas e cigarros contrabandeados, além de desodorantes em bastão, lâminas de barbear Wilkinson e outros babados. Daí surgiu o famoso Bar Naval do Mercado Público. Cheguei a pegar o finzinho da época, na segunda metade dos anos 1960. Em todo mundo, marinheiro bêbado é uma boca muito entaipada.

As invioláveis

   Muitos fabricantes de biscoitos e bolachas, inclusive as d’água, estão inseridos na luta contra o consumo destes alimentos. Só pode. Caso contrário não seria tão difícil abrir os pacotes. Em alguns casos, impossível. A não ser usando uma motosserra.

Pauta Nefrologia I

   O Sindicato Médico do RS (Simers) liderou a comitiva gaúcha em Brasília, ontem, para mostrar os sérios problemas que a área de Nefrologia no SUS enfrenta, desde limitação de atendimento a valores defasados. A diretora do Simers Gisele Lobato e os senadores Ana Amélia Lemos (PP-RS), Eduardo Amorim e Waldemir Moka levaram o assunto ao ministro da Saúde, Gilberto Occhi.

 Pauta Nefrologia II

   Gisele Lobato deu um recado bem claro sobre a situação do setor: “Desassistência para pacientes e dificuldades nos pagamentos que afetam clínicas de todo o Brasil, levando muitas a fecharem as portas”. O que agora se espera do ministério é uma coisa só: ações práticas para reverter este quadro.

Bateria arriada

   Minha cirurgia foi feita dia 21 de março e fiquei quase três semanas no hospital. Pedi para minha filha ligar o carro a fim de evitar que a bateria arriasse. Tudo OK. Ainda sem permissão de dirigir, cheguei em casa e liguei de novo. OK. Na quinta passada, zebra: a bateria estava mortinha da silva. Ontem chamei a Porto Seguro, que deu carga na bateria até eu chegar na revenda e trocá-la por outra. Fiquei 40 minutos com o motor ligado antes de sair, recomendação do técnico. Resumo: uma bateria nova, poderosa, de 72 amperes. Nem queiram saber quanto custou.

Vivendo e aprendendo

   A bateria é como o corpo humano. Quando uma doença o ataca, ele vai economizando energia para combater a doença ou velhice desligando mecanismos não vitais. Caso da bateria, que duram poucos anos em carros modernos por terem muita luzinha e muitos processadores. Uma das primeiras coisas que o computador do carro faz é desligar o rádio, justo quando se dá arranque, o levantar/baixar vidros, às vezes, emperra. No meu caso, como tenho uma central multimídia, culpei-a por me encher o saco desligando coisas.

Pensando bem….

…o humor curou o tumor.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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