A era do terrorismo

25 maio • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em A era do terrorismo

   Não só o terrorismo clássico, tipo Estado Islâmico e grupos fundamentalistas. Vivemos a era do terrorismo diário. Qualquer site de jornal dedica pelo menos dois terços a desastres iminentes. Xis brasileiros em cada dez terão algum tipo de câncer em breve; comer proteína animal pode causar enfarto; carne de galinha pode ter hormônio; hortigranjeiros usam venenos residuais; para ficar o cálcio no organismo precisa tomar sol, mas quem tomar sol pode ter melanoma; a gripe aviária não demora e vai matar dezenas de zilhões; e superbactérias podem causar catástrofe mundial.

   Enfim, tudo está envenenado, faz mal ou pode matar. Como se já não bastasse a morte, estamos a morrer várias vezes antes da última. Como já dizia um veterano jornalista nos tempos da velha Caldas Júnior, a função do jornal é alarmar o povo.

A era dos caminhoneiros

   Também se enquadra na categoria terrorismo, mas o real. Como é que pode uma Nação continental ser refém de caminhoneiro? Levaria um sociólogo galáctico à loucura. E como podem dar tiros e atirar pedras em carros comuns que passam pelos bloqueios de suas excelências nas rodovias e ficar por isso mesmo – levaria-o ao suicídio.

Onde está a cavalaria?

   É por essas e outras que o povão quer ação do Exército nas ruas. É a única solução para ele, mesmo que a tarefa constitucional das Forças Armadas não seja essa. O que o povo quer é a cavalaria em ação. Quer um xerife com amplos poderes no melhor estilo dos filmes bangue-bangue dos anos 1950, nem que seja pago pela cidade refém dos bandidos.

Foi mal

   Muitos parlamentares foram às redes sociais apoiar a greve dos caminhoneiros. Acham que ficar de bem com essa turma em ano eleitoral traz votos. Ledo engano. São 300 mil em todo o Brasil. Elegem um deputado federal e meio, e olhe lá. E na contramão, uma população farta de buscar leite e pão em supermercado e encontrar a gôndola vazia.

Filosofia orelhão

  Brasília demora mais a reagir que bicho-preguiça subindo uma árvore. E quando reage, quase sempre reage mal. É ficha presa como nos orelhões sobreviventes. É exasperante.

Ironia

   Há um trágico engano no movimento feminista no quesito se igualar com os homens, mercado de trabalho à parte. Em toda a história da humanidade a mulher sempre teve o comando.

Certezas

   Cálculo de Km/litro de computador de bordo de carro é igual a termômetro de Gramado. Marca sempre a menos que o indicado.

 Comerciais antigos

propagandas antigas

   Eram toscos, é verdade, mas era o que a tecnologia oferecia na época. E eram ingênuos, como nós e o Brasil. Veja: aqui.

Jornal do Comércio

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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