O barquinho vai, o barquinho vem…
Esta música foi um dos maiores sucessos da Bossa Nova, e vem a calhar com a notícia que Josley mandou seu iate de avaliado em R$ 10 milhões para os Estados Unidos, onde está posto em sossego. Que decepção. O cara compra o melhor e mais rápido jato executivo do mundo que vale em torno de US$ 100 milhões e navega com um barquinho mixuruca? E pior, nem é do ano, é 2013! Francamente, eu esperava mais dele.
Chego à amarga constatação que não se fazem mais bilionários como antigamente. Vi uma foto dele há mais tempo, em uma Caras da vida, e me chamou atenção sua roupa fuleira. A camisa não era inglesa, nem de algodão egípcio de primeira, e nem mesmo feita sob medida. Mas o que são isso? Foi comprada onde, no balaião da rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre?
Eu entenderia se ele tivesse um aviãozinho de treinamento básico como o monomotor Cessa 150, que não ostentasse, comprasse roupas em brechó, usando só Havaianas para economizar meias, bebesse cachaça comum de 10 pilas a garrafa e comesse prato feito na volta do mercado, então combinava tudo.
Mas se comprou um jato top que pode levar 20 pessoas e tem alcance intercontinental, então dance essa música. E não navegue com caíque de 10 pilas, como diriam seus colegas bilionários, cujo calado permite até pescar jundiá no arroio Forromeco, de São Vendelino.
É bem coisa de pobre.