Vitória por focinho

31 out • NotasNenhum comentário em Vitória por focinho

O gaúcho tem uma expressão para definir a vitória de Lula: mais apertado que rato em guampa. Antigamente se dizia “tirou um fininho”, ou “tirou lasca”. O que significa que não haverá paz entre os bolsonaristas e os lulistas. Vai sair faísca até as melancias se ajeitarem no caminhão.

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O mundo é um moinho

Já ensinava o mestre Cartola na sua música de mesmo nome:

“Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar.”

https://cnabrasil.org.br/senar

Se o seu candidato não venceu esta eleição não se amofine. Se venceu, comemore com discrição. Se você for petista e tiver filhos pequenos,  provavelmente eles ou parte deles, no futuro, serão de direita assim que entrar um dinheirinho no bolso. Se você for de direita, provavelmente seus filhos pequenos de hoje serão de esquerda, se não entrar um dinheirinho.

Retaguarda elástica

Também o conceito direita- esquerda é mais elástico que fiofó de galinha quando bota ovo. Em meados do século passado, Leonel Brizola fez um acordo que durou décadas com o Partido de Representação Popular (PRP) partido integralista de extrema direita comandado por Plínio Salgado, que até tinha saudação nazista com o braço levantado. Só que em vez de ^heil” gritavam “anuê”.

https://www.brde.com.br/

O toque dos extremos

De outro lado, não poucos fervoross capitalistas banqueiros e empresários estão assim-assim com a esquerda desde os anos 1990. Boa parte deles doou generoso dinheirinho para os candidatos de esquerda, leia-se PT e PCdoB, que queriam destruí-los. Também doaram um pouco para outras siglas para disfarçar. O capital é sem-vergonha.

O Capital sente a mudança do vento melhor e mais rapidamente que biruta do aeródromo.

Kit de sobrevivência

No tempo dos militares; anos 1970, um carcereiro do DOPS que distribuía “gentilezas” com porrete nos presos políticos justificou seus atos:    

– Eu tenho que sobreviver, entende? 

De fato, os banqueiros e pesos-pesados da economia também precisam sobreviver, entendem?

O Brasil é cult

Você tem duas maneiras de encarar o Brasil. Erguendo os braços para cima clamando “mas onde vamos parar?” ou relaxando e gozando. Como certos filmes, de tão ruim, o Brasil é bom.

Receita milagrosa


Tenho uma dica maravilhosa para debates entre candidatos na TV:  que se proíba que eles falem em propostas de governo, só falem mal um do outro. Provavelmente só farão  propostas de governo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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