Vende-se alma

5 abr • NotasNenhum comentário em Vende-se alma

 Costumo dizer que nações não têm amigos, têm interesses. Agora, substitua nações por partidos e verá que vale tudo para ganhar uma eleição. Se precisar, vendem a mãe e a alma.

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Então, vejam esta. O ex-deputado Geddel Vieira Lima, do MDB, aquele que foi flagrado com R$ 51 milhões no apartamento, fechou acordo com o PT da Bahia para as eleições de novembro.

Olhar de revesgueia

Também costumo dizer que os personagens de acordos como este nem ficam vermelhos. Nos romances antigos, frequentemente eram usadas expressões como “seus seios arfaram”, “ele levantou o sobrolho” e “ela enrubesceu”. Hoje, ninguém mais arfa os seios e muito menos enrubesce. No máximo, se levanta um sobrolho, o popular olhar de revesgueia. Mas apenas os antigos. Essa gente atrasada que não sabe fazer política.

https://cnabrasil.org.br/senar

Socialismo integralista

Não que seja novidade, novidade é a esquerda alardear acordo com alguém cuja ficha corrida vai do Chuí até o Acre. Em 1958, o governador gaúcho Leonel Brizola fechou parceria com o integralista PRP (Partido de Representação Popular), de ultradireita de Plínio Salgado, simpatizante do nazismo, em troca de duas secretarias, sendo uma delas a poderosa pasta da Administração.

O Centrão de Sarney

Hoje, muita gente se escandaliza com o poder do Centrão. Não se aprova nada sem ele, nem se consegue governar. Pois saibam que, nos anos 1980, existia um bloco parlamentar com o mesmo nome, que atanazou a vida do presidente José Sarney.

Vai que é tua, Francelino

Curioso esse nosso Brasil. O regime é presidencialista, mas o presidente é refém do Legislativo e divide a presidência da República com o Supremo Tribunal Federal, isso quando ele deixa. Como perguntava o perplexo político mineiro Francelino Pereira, nos anos 1970, que país é este?

O Frankenstein da Marechal

Foto: Cesar Lopes/ PMPA
O enterro ou ressurreição do esqueleto da Galeria XV de Novembro,  na rua Marechal Floriano, vai depender do laudo final de estudo da Ufrgs. Já existe um pré-laudo e o diagnóstico preliminar indica que ele não pode ser implodido porque a obra está colada em prédio vizinho. A estrutura – os ossos – preocupam. Se não prestarem mais, vão ter que ser retirados um por  um.

Nos anos 1980, um grupo de camelôs criou uma associação que funcionava no primeiro andar. Levava o nome de Associação São Francisco qualquer coisa. Ao contrário do que se pensa, há vida nos andares mais baixos, especialmente na parte que dá para a rua Otávio Rocha, mais intensamente antes que fosse interditado.

Foto: Cesar Lopes/ PMPA

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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