Um azar bem brasileiro

18 maio • NotasNenhum comentário em Um azar bem brasileiro

A morte do prefeito paulistano Bruno Covas, neto do governador Mário Covas é um dos nossos azares. Com apenas 41 anos já pontificava para voos mais altos, talvez a Presidência da República. Cansado da polarização esquerda- direita, o eleitor quer um nome bom e forte de Centro. Podia ser ele. Agora é achar uma agulha no palheiro.

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Tivemos mala suerte semelhante com Tancredo Neves, que morreu antes de assumir. Mesmo assim, um jeitinho bem  brasileiro colocou o vice José Sarney a trabalhar. Foi a década da hiperinflação e início dos mal-nascidos planos econômicos.

Se Tancredo vivo fosse e a diverticulite não o tivesse matado, pertence ao universo do “se” sua gestão. Uma coisa é certa: ele jamais teria cometido os erros que Sarney cometeu.

Morro ou mato

Tem horas que dá vontade de fugir para o morro ou o mato antes que acabem com ele. O deputado Giovani Cherini (PL-RS) se manifestou pela morte do prefeito Bruno Covas culpando o uso da máscara durante a  campanha para a prefeitura de São Paulo, pois as células ficavam sem respirar. Especialistas negam essa possibilidade.

Estamos assistindo ao apocalipse zumbi. Eles comem cérebros porque não têm nenhum.

Espaço sem fim

Lançada ao espaço pela Nasa em 1977, a sonda Voyaver 1 continua enviando dados sobre o universo profundo. Está a 22,7 bilhões de quilômetros da Terra, um feito extraordinário da engenharia norte-americana. A humanidade é capaz de quase tudo, mas não consegue domar o que não se vê a olho nu, como os vírus.

…ou malandragem sem fim?

Permitam que eu bote uma mosquinha nessa sopa fazendo uma pergunta: a humanidade – leia-se laboratórios – pode ou não quer descobrir uma medicamento matador de coronavírus? Sabem como é, 100 milhões de vacinas aqui, outras 100 milhões acolá…

Churrasco de limão

Tenho visto receitas americanas no canal IFood em que usam e abusam da grelha. Vai tudo nela, desde verduras até frutas – outro dia vi botarem  melancia e ontem, limão. Qual a graça dessas carbonizações de propriedades nutritivas das frutas não sei. Se fosse bom a natureza faria com que melancia e limão nascessem nos desertos mais quentes do mundo. E ao meio-dia.

Em  matéria de misturas estrambólicas não canso de citar uma de Chef francês em Porto Alegre: pastel de pinhão com bergamota (mexirica). Estraga os dois.

Alegria estrelada

Lula tem se entusiasmado com as recentes pesquisas que o botam na frente de Jair Bolsonaro. Nem todas, é verdade, mas não restam dúvidas que ele está bem na foto tendo em vista o passado que teve. Mas não é hora de largar foguetes, tem muita estrada esburacada pela frente. Até porque surgirão outros candidatos, inclusive de centro-esquerda.

No meu entender, a questão é outra. Se até as eleições Lula estiver bem mas não como uma margem folgada a ponto de dizer “deu!”, será que vai se houver chance de perder? Neste caso, com margem titubeante nas pesquisas arrisco dizer que ele não encara o olho da cobra.

Em outras palavras, não vai querer ser o Brizola II.

Resumo

O lulismo é muito mais forte do que o petismo. Que perdeu protagonismo.

Imagem: GILDSON DI SOUZA /SECOM

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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