Tema de casa

25 maio • NotasNenhum comentário em Tema de casa

Vamos ver o que os aluninhos da Escolinha do Professor Brasil vão aprender hoje. Mesmo que ainda sejam crianças, está na hora de aprender alguma coisa sobre eleições. Como vocês sabem, e se não sabem não os culpo, existem cerca de 36 partidos registrados na Justiça Eleitoral, embora alguns falem em 41.

A fila anda, Joãozinho, e tira o dedo da tomada. És muito novinho para se suicidar. Mas vamos aos principais, os baluartes da democracia que uns dizem não existir e outros entendem como democratismo.

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Ah, não pegou a ironia? Vá se acostumando, pois tem mais do lugar de onde vim. Os grandes partidos são o MDB, o PT, o PSDB, o PP, e vem aí o PL, a União Brasil e quem mais? Sim, o PSDB.

O PDT foi, mas não é mais. Era daquele que chamava que chamava  Lula de sapo barbudo. Ahh sim, o doutor Brizola. Leonel de Moura.

Todos têm diferenças, caros alunos, mas no fundo são iguais. Uns se dizem socialistas, mas vivem do dinheiro capitalista, e outros são capitalistas. Todos eles mamam nas generosas tetas do governo, onde se lê Fundo Partidário.

https://cnabrasil.org.br/senar

O leitinho das crianças jorra com abundância. Mas antes mesmo de chegar à mesa, alguém já bebeu metade dele no caminho. Para vocês irem se acostumando, quem bota leite na vaca é o dono dela. Em teoria.

Vaca de contribuinte costuma ir para o brejo, mas antes dela vai quem a criou. Muito bem.

O leite das criancinhas irriga um negócio chamado campanha eleitoral. Nela, os diversos candidatos brigam de mentirinha, dizendo que o outro não presta e coisa e tal. Mas nenhum deles diz: “Olha, se eu for dono da vaca vou fazer isso e aquilo para tirar vocês do brejo”. E dê-lhe blá blá blá.

No segundo turno é comum inimigo virar amigo e vice-versa. Começa tudo de novo. Quem faz mais votos é declarado Presidente do País de Macunaíma.

O primeiro ano é gasto em entender o tamanho da bronca, no segundo começa a governar. No terceiro, já brigou com aliados, ministros, países e tribunais. No último ano, o cafezinho vem frio, a vaca para de dar leite e quem não foi vivo fica chupando o dedo.

O cavalo passou encilhado e só as Carolinas não viram. Então, tudo começa de novo.

É complicado, né? Mas não se preocupem. Nem o presidente nem seus auxiliares são livres para governar, apenas são livres para fazer trapalhadas.   

Anotações sobre arapucas

Quando um homem público é pego em algum esquema vai à TV, convoca entrevista coletiva bradando “O Brasil me conhece”. Conhece bem demais.
Mesmo assim, não desacredite. Sem a crença de um futuro melhor, ficamos sem eira nem beira, sentados na calçada da solidão e do desânimo. Veja tudo isso como uma peça de teatro. Comédia.

É, ê, fumacê…

O fumacê que era proibido de te deixar planchado está tão na moda que até roupas masculinas tem padronagem imitando as folhas da planta. E olha que o cidadão da foto já está na terceira idade.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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