Rapidinhas europeias

2 fev • NotasNenhum comentário em Rapidinhas europeias

Um dos motivos pelo protesto dos agricultores franceses e holandeses é que, pela primeira vez, há mais oferta de alimentos (grãos) que demanda. Logo, os preços pagos aos produtores desabam.

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Agora quem protesta é o Texas. Já em Portugal, há queixas de que os brasileiros demandam o SUS sem contribuir. E, em boa parte das capitais da Europa, o estacionamento para SUV’s custa mais caro que um carro comum.

Política na rede

O Brasil possui 155,2 milhões de eleitores, sendo que 71,8% (111,4 mi) usam as redes sociais, informa pesquisa do Ibespe. Dos 111,4 mi de leitores, 46,4% afirmam usar as redes sociais para se informar sobre política, resultando em 51,7 mi de eleitores, ou seja, 33,4% do total de eleitores.

Feia a coisa?

Se não, vejamos

O Brasil conseguiu sobreviver sem maiores sustos no primeiro ano do governo Lula. Embora não vivamos uma democracia plena. Isto porque o STF se intromete no Poder Legislativo a tal ponto que, se algum ministro não gostar de algum diploma legal gerado pelo Congresso, simplesmente o anula. Não lembro de algo parecido na história recente do Brasil.

https://cnabrasil.org.br/senar

Entretanto, na economia, os bons ventos sopram. Embora com alguns solavancos. Quem fez a cama foi o ministro Paulo Guedes e o atual, Fernando Haddad, que tem lá suas rusgas com o núcleo duro do PT. Toca o barco como no samba de Paulinho da Viola:

“Faça como o velho marinheiro/Que no meio do nevoeiro/Toca o barco devagar”.

Marinheiro malandro

O nevoeiro chama-se crescimento baixo, que o governo diz ser coisas dos juros altos (ora em baixa). Mas há uma realidade maior, que é muito simples de definir: falta dinheiro para o consumidor.

Pode ser observado pelo baixo movimento no comércio a partir do dia 15 – o salário sai entre os dias 5 e 10 de cada mês. Em épocas melhores, inclusive no governo Lula I, esse sumiço de grana acontecia por volta do dia 20, 22. Como é que o Brasil pode sair do voo de galinha para velocidade de jato é outro papo.

Os espirros da China

Tudo depende de várias conjunturas. Se os Estados Unidos entrarem em recessão, porque lá o FED, o BC deles, insiste em não baixar os juros, pois a inflação americana resiste. No exterior, Europa e Ásia, o quadro é semelhante. Mas com um porém muito poderoso: as exportações brasileiras não têm valor agregado, é soja em grão e minério de ferro.

E a China parece estar encrencada com sua economia, que teima em não melhorar. E quando a China espirra, o mundo pega pneumonia

A risada de Deus

Tem as guerras e coisa e tal. Mas, até agora, as bolsas internacionais só têm urticária com políticas monetárias dos países. Por si só, o conflito não mexe com elas.

Claro, o petróleo está subindo há semanas por causa dos ataques a navios no Mar Vermelho. O que pode piorar se houver escalada. Mas quem me lê sabe o quanto insisto com um ator histórico que dá as caras sem avisar e mexe com tudo: o senhor Imponderável. Como diz o provérbio iídiche, o Homem planeja e Deus ri.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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