Sou contra, mas a favor

27 dez • NotasNenhum comentário em Sou contra, mas a favor

Existe uma malandragem feita por políticos em postos de comando que consiste em ser contrário à determinada lei ou despesa que desagrada o eleitor. Entretanto, a mesma já está tão certa que dispensa o sim ou não.

Caso típico e em votação de aumento de subsídios – a demagogia de ser contra quando a maioria já votou a favor – ou até mesmo em questões maiores. Pegue-se o exemplo do ministro Fernando Haddad, que é a favor do déficit zero, mas como la nave va, queira ele ou não, sempre pode parecer o mocinho, talvez de olho em 2026.

A gestão da arca

É incrível como palestrantes e conferencistas famosos da área empresarial dizem como se fosse o oitavo dia da Criação frases tipo ”o foco da empresa deve ser o consumidor”, “a gestão é fundamental” ou coisas do gênero. Provavelmente, o fornecedor da madeira para a arca de Noé já dizia isso.

Que rainha sou eu?

O humorista Tom Cavalcante, egresso da famosa Escolinha do Professor Raimundo, fez um esquete imitando dona Janja usando uma peruca. Por enquanto não sofreu punição do Tribunal das Vestais, mas quem sabe.

A reforma que falta

Nenhum ente federativo, até mesmo a União não quer – ou não pode – enxugar as respectivas máquinas administrativas, passando um pente fino no funcionalismo. Sabem até as holerites do passado que tem muita gente sobrando de um lado e faltando do outro, está em menor escala.

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Mas a esfinge que devora a eficiência do serviço público chama-se baixa produtividade. Nos três poderes, bem entendido.

Especialistas submarinos

Existem políticos que, para empregar uma expressão antiga, dão nó em pingo d’água. Outra dizia que o sujeito era tão hábil que consertava relógio suíço debaixo da água e com luvas de boxe.

https://cnabrasil.org.br/senar

Com o correr dos tempos, foi aperfeiçoando esse brocardo, tipo fulano bota suspensório em cobra correndo. A última – que não é minha – é dar nó em éter.

A falta que ele faz

O inchaço de jogadores estrangeiros nos clubes da Capital relembra uma extinção acelerada de atletas vindos do futebol de várzea, nascedouro de craques. A urbanização liquidou com campos de futebol.

Por mais precários que fossem, é exatamente nos cocurutos e dimensões exíguos que se pratica a arte de domar a bola.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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