Sem palavras

7 ago • NotasNenhum comentário em Sem palavras

O sol por testemunha 

Nome de um restaurante no Pareci Novo, no Vale do Caí: Misturama. Se abrirem uma filial sugiro Mistureba. Nos anos 1960, não longe dali havia um açougue  com um nome primoroso: Bumba Meu Boi.

Nesta mesma época, um restaurante à beira da BR-116, em Sapucaia do Sul, caprichou e pintou o nome mais longo da história da gastronomia da enorme fachada: Restaurante e Lancheria  O Sol Nasce Para Todos.

O pior cliente 

O jornal Valor publicou matéria com um Chef carioca sobre usos e costumes dos clientes. Entre outras observações, disse que o pior cliente é aquele que não reclama e não volta. Bingo! 

Eu me inclui nesse grupo. No sentido que é preciso uma casa fazer muita força para me tirar do sério.

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A essa quilometragem da estrada da vida, criei convicção, a de não se incomodar e dar preferência ao comportamento zen. Claro que tudo tem limite. Mas brigar por algo que não tem solução não é comigo. Digamos que a conexão não veio como eu queria, então se reclamar ela volta enquanto o resto esfria.

Os 30% de conversa

Guiado pela experiência dos mais velhos e por minha própria, concluo há muito tempo que, se você não tem pelo menos 30% de chance de convencer o interlocutor, cai de banda porque o desgaste é grande e a recompensa é nula.

Motoristas de respeito

Em dois dias peguei dois Uber cujos motoristas eram ponto fora da curva em matéria de cultura. Meu xará Fernando, no BarraShopping, curtia jazz no som do carro e  Louis Armstrong. Indiquei a ele o Loui e a Bíblia, obra prima dos anos 1960 em que cantava passagens bíblicas acompanhado por um coral gospel espetacular.

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Nada dessas gritarias, harmonia pura. E, claro, o trompete de Armstrong vinha de brinde. Ele adorou.

Lambari em sanga

Além do mais, Fernando estava com quepe e uniforme como os antigos chaufers franceses. No dia seguinte, veio o Gabriel, que iniciou o papo falando do livro de Agusto Sisson sobre o bairro Moinhos de Vento. Como eu o conheço, o papo foi longe.

Lá pelas tantas, reconheceu-me. Ficou mais faceiro que lambari em sanga, e pediu selfie. Bom pra nós dois.

Não me comprometa

O ex-advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin, 47 anos, tomou posse, nesta 5ª feira (3.ago.2023), como o novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Assume o lugar de Ricardo Lewandowski, que se aposentou antecipadamente em 11 de abril de 2023. A informação é do Poder360.

O inusitado é que o novo ministro não falou na cerimônia. Advogado não  discursar é algo raríssimo. Ainda mais quando vira ministro da Suprema corte.

Na teia da aranha venenosa

O cidadão brasileiro é uma eterna vítima das corporações burocráticas. Para os atos mais simples exigem-lhe “certidões atualizadas”.

A observação é do advogado J.E.B., que conta um episódio saboroso: de certa feita, exigiram dele certidão atualizada de óbito – do General Câmara, que até nome de cidade e de rua é.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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