Salada mista

22 jul • NotasNenhum comentário em Salada mista

Geraldo Alckmin, ex-PSDB e hoje PSB, usando o boné do MST em comício para a tchurma, já deu palpitação cardíaca em muita gente. Agora Lula procura deputados do Centro para engrossar suas fileiras de apoio. Ciro Gomes, PDT, conversa com Aécio Neves, do PSDB, de quem já foi inimigo de morte.

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Quem quer dinheiroooo!

Silvio Santos tinha esse grito de guerra nos seus programas, e é claro que todo mundo queria. Hoje essa frase reboa no ar para quem funda um partido para levantar fundos para a campanha, mesmo que não tenha candidatos. Nem precisa ter vereador para entrar no bolão, gentil oferecimento do contribuinte.

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Confesso que nunca passou pela minha cabeça Lula pedir apoio daquela massa amorfa, porém decisiva nas votações, chamada Centrão. E quando surgiram as gravações de Aécio Neves pedindo ajutório para empresas, pensei que politicamente estava morto e enterrado. Não só não estava como seu apoio é disputado até, quem sabe, para composição de chapa com  Ciro Gomes. Verdade que é para tempo de televisão, mas onde está a coerência?
Ninguém mais fica vermelho. Não por causa da pandemia, mas pela aceleração da destruição sistêmica de valores morais que se transformaram em valores financeiros. Sem falar na gatunagem ampla, geral e irrestrita. 

Inflação na corrupção

Vai longe o tempo em que empreiteiras subornavam o encarregado das cópias xerox de algum ministério envolvido em obras públicas. O mapa da mina para licitação de obras públicas. Nos anos 1970, confessou-me um paulista quatrocentão, bastava dar uma cesta de Natal, mesmo não sendo Natal, para o guri da xerox e outra mais caprichada para a secretária. E deu. Nada de 50% ou mais como hoje. Corromper era muuuito mais barato. Hoje há uma tabela informal que nunca é abaixo dos 30%.

Mas não há de ser nada. Um dia, vamos rir disso tudo. Assim espero.
A maior prova que a legislação eleitoral é um faz de conta que, só após as convenções, a mídia pode retirar o “pré” que antecede “candidato”. Como se não fossem antes. À  mulher de César não basta ser honesta, precisa PARECER honesta.

Regras são regras

Nos serviços concedidos, como rádio e TV, a legislação eleitoral é muito mais dura do que no jornalismo impresso. Mas no jornalismo impresso existem advogados de prontidão que fazem clipping de jornais para ver se não publicaram foto ou matéria que o ligue a algum mal feito. Por isso que hoje é um…

Festival de Supostos

Por isso que antes de mencionar o crime tem que botar “suposto” antes. Mesmo pego em flagrante. Um criminoso confesso é supostamente autor do crime. Mesmo que seja pego com mala de dinheiro ou dinheiro na cueca. 
Lembra aquela história do marido que pegou a mulher no flagra com seu maior amigo. Ela negou com tantas veemência, o amante negou com tanta veemência que até o marido ficou na dúvida. Supostamente, a mulher pulou a suposta cerca para supostamente transar numa suposta cama de um suposto motel.

Plebiscito ou eleição

A grosso modo, pode-se dizer que a eleição para presidente é um plebiscito. Os dois são presidentes. Tanto um quando o outro carregam o lastro das gestões passadas (Lula) e a atual (Bolsonaro). A fraqueza dos demais candidatos evidencia essa avaliação, diz o professor da ESPM Paulo Niccoli Ramirez.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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