Os mais antigos
A lista dos restaurantes mais antigos de Porto Alegre tem o Gambrinus na frente (1889), seguindo-se o Naval, também no Mercado (1906), Chalé da Praça XV (1911), Santo Antônio (1935), Tuim (1941), Alfredo(1953), Walter (1962), Rock’s (1964) Komka (1967), Ratskeller Baumbach (1967), Chopp Stubel (1969) e Barranco (1969). Mas aqui e acolá devem existir outros sobreviventes nessa lista.
O elo perdido
Tenho a impressão que uma churrascaria localizada no bairro IAPI, Cabana do Santos, que eu saiba não existe mais, era a mais antiga casa de carnes da capital gaúcha. Nos anos 1968, alguém a situou como tendo sido fundada ainda no século XIX.
Os bares mais antigos
Fazer essa lista é comprar briga. O problema é que, em décadas passadas, alguns bares também eram restaurantes e estão na lista acima, caso do Walter e do Chalé. Acredito que o mais antigo, embora tenha encerrado as atividades em 2010, seja o Bar Arthur, na Alberto Bins à direita, quase no viaduto da Conceição. Meu pai o frequentava quando recém havia chegado ao Brasil – veio da Alemanha em 1920.
Mistura fina
O que posso garantir é que o primeiro sanduíche aberto tal como o conhecemos foi o do Urso Branco, na descida da Coronel Vicente quase Alberto Bins. E lamento muito que tenha desaparecido a Caverna do Ratão, na Eça de Queiroz esquina Protásio Alves, um dos únicos que servia sanduíche aberto com pernil recém fatiado, para não ficar ressecado.
Posso dizer que, em matéria de bares, conhecidos como bar-chope, a cidade já foi muito melhor. Em qualidade e quantidade.
Ainda restam alguns dinossauros, como o Printz. Para quem não viveu a época, bar-chope era uma espécie de bistrô, com poucos pratos no menu. Maioria era especializada em alguns, como o filé alto, croquetes feitos para ser croquetes e não a mistureba de restos de comida do dia anterior.
Nós os chamávamos Lavoisier – na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.