Respingos de sexta

26 fev • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Respingos de sexta

No fim tudo acaba bem, e se ainda não está bem é porque não chegou ao fim. Poderia ser dita por alguém que caiu do centésimo andar e acabou de passar pelo andar 50.

DEUS ajuda que cedo madruga, outro ditado secular. Nos idos de 1950 era repetido pelo entregador de leite nas portas das casas. Nunca teve quem o ajudasse.

COMEU o pão que o diabo amassou era sinônimo de vida rude ou episódios dolorosos. É outro provérbio que hoje tem sentido contrário. Pão feito como o diabo gosta – outro dito popular – deve ser melhor que pão divino, sem graça porque panificado no saudavelmente correto. Ou você vive ou morre de fome. É comer isopor.

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O FUTURO a Deus pertence foi brocardo popular ainda mais popularizado depois que o ministro do Supremo de nome Sepúlveda Pertence o proferiu. Apropriação indébita, doutor. O pertence nasceu antes do senhor. E Sepúlveda é nome de Travessa no Centro de Porto Alegre. Sai dessa.

CADA macaco no seu galho, desde que tenha árvore por perto. Vai dizer isso no Saara. Ou na Amazônia muito em breve.

Os dedos do Teteu

Deu na Record. Um sujeito de nome Raimundo perdeu o emprego porque tinha 12 dedos e não podia usar luvas exigidas no seu serviço. Os colegas o chamavam carinhosamente de Teteu Doze Dedos. Suponho que teria grande futuro como urologista. Ou vendedor de anéis. Mas quero de público prestar solidariedade ao Teteu. Para usar as luvas de filme plástico, exigidas nos bufês de comida a quilo, eu passo trabalho – sempre sobra um dedo – imagina com seis.

A Bíblia tinha razão

E Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo. Errado. No sétimo criou o coronavírus.

PARA bom entendedor, meia palavra basta. Pode ser que o cara seja gago. O bom entendedor capta a mensagem.

FILHO de peixe peixinho é. Errado. Filho de peixe é alevino.

ONDE há fumaça há fogo. Se for uma roda de garotos puxando fumo, é apenas brasa.

PIMENTA nos olhos dos outros é refresco. Formulação equivocada. É em outra parte do corpo humano que arde.

POR ele, boto a mão no fogo. Depois que inventaram luvas de amianto perdeu o sentido. Com elas até eu.

DEUS escreve certo por linhas tortas. Poderia ser no tempo da letra cursiva. Hoje Ele escreve no note.

QUEM com ferro fere, com ferro será ferido. Só vale para quem trabalha em siderúrgica.

BELEZA não bota mesa. Originalmente, foi dita pela atriz Zezé Macedo na Escolinha do Professor Raimundo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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