Porque odeio Napoleão – O mistério do timão quebrado
Ontem contei as peripécias do meu pai e avô na Alemanha, onde nasceu em 1860 e morreu em 1952. Avô, sim senhor, vá lá e confira. Mas quero falar do meu lado materno, os Selbach. Esse curioso brasão/escudo foi alterado na primeira metade de 1800. Já conto o motivo. Meu ancestral se dedicava à navegação, dai o timão, criava animais, como se vê pela galhada dos cervos, e também trabalhava na agricultura. A história toda levou anos a ser levantada in loco pelo meu primo Jacó Selbach, que ainda deve morar na primeira casa dos Selbach no Brasil, em Santa Terezinha, Bom Princípio.
Os dois rios no centro representam o Reno e o Mosela, onde meu ancestral punha a navegar sua frota de barcos. Tudo ia bem até que as terras alemãs – a Alemanha ainda não existia como país – foram invadidas por Napoleão Bonaparte, o Ladrão. Ele confiscou a frota de barcos do meu tatara não-sei-mais-o-que. Fim da navegação Selbach, a primeira. Furioso, mandou refazer o brasão desta vez com o timão rachado.